Brasileiros se solidarizam com protestos em Portugal

Foram muitos os brasileiros que se solidarizaram com os protestos realizados no sábado (1º) em Portugal. Cerca de 1,5 milhão de pessoas foi às ruas, em diversas cidades portuguesas, para protestar contra as políticas de austeridade do governo de Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro pelo Partido Social Democrata (PSD). Fotos com os dizeres “O povo é quem mais ordena!” e “resistência”, entre outros, percorreram inúmeros perfis no Facebook de centenas de brasileiros.

No Brasil, o carioca João Pedro T. Werneck escreveu em seu perfil no Facebbok: “É o povo português clamando pelo fim do capitalismo. Avante!”. Já a paulista Dulce Santos elogiou os portugueses: “Parabéns Portugal!”. De Brasília, Robson Camara gritou “Resistência!!!” pelas redes sociais. Talvez a frase mais entoada pelo brasileiros tenha sido “O povo é quem mais ordena!”, trecho da canção Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso, que marcou a Revolução dos Cravos e agora embala as manifestações contra o governo português.

Para João Ferreira, Membro do Comitê Central do Partido Comunista Português (PCP) e Deputado no Parlamento Europeu, o protesto foi “mais do que uma poderosíssima condenação deste governo e da sua política, o que já não seria pouco, é uma demonstração de que os valores de abril estão mais atuais do que nunca e mais necessários que nunca.”

Muitos manifestantes erguiam cravos enquanto cantavam, além de cartazes que exigiam a demissão do governo, a realização de eleições, e com afirmações como “O povo é quem mais ordena”, “Queremos trabalho; exigimos direitos” e "1/4 da população ativa no desemprego!”

Ferreira disse ainda que a manifestação foi “mais uma afirmação da exigência de pôr fim a este governo, a esta política”, para “dar a palavra ao povo, numa torrente política que cresce, engrossa, e que vai ter momentos importantes nos próximos dias 9, 15 e 27 deste mês.”

Confira esse momento no vídeo feito pelo leitor Guy Amado do protesto que ocorreu na cidade do Porto:

Em 2011, Portugal assinou com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comunidade Europeia um fundo de empréstimo e gerenciamento das contas públicas. O plano de ajuste é conheciddo como troika. Os manifestantes criticam o fim das medidas que reduziram os recursos públicos a áreas essenciais.

Fonte: da Redação, com agências

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