Coreanos trocam ameaças na Península Coreana

Os governos da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e da República da Coreia trocaram nesta sexta-feira (8) duras ameaças em meio a crescentes tensões, enquanto as autoridades chinesas continuam chamando as duas partes para que mantenham a calma.

Segundo informações procedentes de Pyonyang, o governo da Coreia Popular decidiu anular todos os acordos de não agressão assinados com a Coreia do Sul.

Também decidiu fechar o canal de comunicação existente em Panmunjon, em resposta às sanções adotadas na quinta (7) contra o governo da RPDC no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Duas horas depois desse acordo na ONU, o líder Kim Jong Un declarou que os militares da RPDC estão dispostos a enfrentar uma guerra sem quartel.

Enquanto isso, porta-vozes do Ministério de Defesa sul-coreano ameaçaram em Seul que, se a RPDC realizar um ataque nuclear contra o Sul, a Coreia Popular "desaparecerá da Terra por vontade da humanidade".

Os pronunciamentos do porta-voz Kim Min-seok ocorreram depois dos anúncios de Pyongyang de cancelar os acordos de não agressão e a linha de conexão entre as duas partes.

Por sua vez, o nomeado ministro sul-coreano de Defesa Kim Byung-kwan disse que sua nação responderá a qualquer agressão.

A forte resolução do Conselho de Segurança, aprovada unanimemente por seus 15 estados membros, contempla inspeções a navios da RPDC e de cargas aéreas suspeitas de conter materiais proibidos.

Este documento, adotado após o teste nuclear realizado pela Coreia Democrática em fevereiro, também anuncia mais investigações sobre servidores públicos e instituições do país, que supostamente realizam "atividades ilegais".

A RPDC denuncia os Estados Unidos e seu satélite, a Coreia do Sul, de escalarem as tensões na península e incentivarem uma guerra contra o país do norte e afirma que uma perigosa situação prevalece na Península Coreana, "onde pode ocorrer agora mesmo uma guerra nuclear".

Com informações da Agência Prensa Latina