Acusado de estupro coletivo que chocou Índia é encontrado morto

Um dos suspeitos pelo estupro coletivo e pela morte de uma jovem estudante dentro de um ônibus em Nova Déli, que chocou a Índia no fim do ano passado, foi encontrado morto na prisão.

Segundo a polícia local, Ram Singh se enforcou em uma cela da prisão de Tihar, na capital indiana. Entretanto, advogados de defesa questionaram essa versão.

Singh era um dos cinco homens presos acusados do crime. Ele dirigia o ônibus clandestino onde a jovem foi atacada. Um sexto acusado está sendo julgado por um tribunal juvenil. Todos negam as acusações.

O ataque brutal contra a estudante de medicina, em dezembro, provocou comoção na Índia e gerou um debate internacional sobre o tratamento das mulheres.

Julgamento rápido

Ram Singh e os outros quatro adultos acusados – seu irmão, Mukesh Singh, Pawan Gupta, Vinay Sharma e Akshay Thakur – estão sendo julgados em um tribunal que julga causas com mais rapidez.

Eles enfrentam 13 acusações, incluindo assassinato, estupro coletivo, sequestro e destruição de provas. Se forem considerados culpados, eles poderão ser condenados à pena de morte.

Um sexto membro da quadrilha, um adolescente, ainda não foi acusado oficialmente e será julgado separadamente.O menor de idade, se for condenado, deverá passar três anos em um reformatório juvenil.

A vítima estava com um amigo em um ônibus em Nova Déli quando foi atacada. Os dois foram depois jogados do ônibus na rua, nus.

A jovem, que ficou conhecida simplesmente como "Nirbhaya" ou "sem medo", morreu no dia 29 de dezembro, em um hospital de Cingapura, depois de ter ficado durante 13 dias entre a vida e a morte.

O pai de Singh, Mangelal Singh, disse que seu filho tinha ferimentos graves na mão e não teria conseguido se enforcar, como sugere a versão da polícia.

Ele disse ainda que seu filho foi estuprado na prisão por outros prisioneiros e ameaçado repetidas vezes por prisioneiros e também guardas.

Fonte: Uol