Neonazista admite que esfaqueou por ‘dissidência ideológica’
Um suspeito de 26 anos confessou ter esfaqueado o jovem Henrique Fernandes de Mello, de 23, na madrugada de sábado (9), na praça General Daltro Filho, no Centro de Porto Alegre (RS). Ao prestar depoimento, ele admitiu que conhecia a vítima e que o atacou pelo fato de ele ter quebrado o código de conduta de um grupo neonazista, como informou o delegado Paulo César Jardim, da 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre.
Publicado 12/03/2013 15:39
“Ele admitiu que (a vítima) era um conhecido dele, que haviam se desentendido, que haviam se jurado (de morte) e que eram skinheads no passado”, relatou o delegado. O agressor também reafirmou ser simpatizante de grupos neonazistas, mas negou participar de um grupo que defenda intolerância de qualquer natureza.
Após admitir o crime, o suspeito foi liberado. O autor será indiciado por tentativa de homicídio e, se comprovadas as razões do crime, por segregação racial. O delegado disse ainda que vai pedir a prisão preventiva do suspeito.
Mello foi atacado em uma parada de ônibus, por volta das 3h de sábado. Ele recebeu uma facada no abdômen e permanece internado em estado grave na UTI do Hospital de Pronto Socorro. Testemunhas relataram que o jovem foi atacado por três ou quatro agressores.
De acordo com o delegado, os suspeitos seguem a ideologia nazista defendendo a segregação racial. No Rio Grande do Sul, segundo ele, os neonazistas defendem o extermínio de negros, judeus e homossexuais. Conforme Jardim, em 10 anos, mais de 45 pessoas foram indiciadas por envolvimento em movimentos racistas e antissemitas.
Fonte: Sul21 e Rádio Guaíba