Fernando Buen Abad: Hugo Chávez e o cerco midiático

Não há lugar para o cansaço, não há lugar para o descanso. Chávez e a Venezuela têm dado grandes exemplos e a questão é não abandoná-los. Jamais!

Por Fernando Buen Abad, no Correo del Orinoco

Uma das preocupações mais profundas do presidente Hugo Chávez foi, sem dúvida, a busca dos meios e os modos para romper os cercos midiáticos, endógenos e exógenos.

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Sei disso porque, inclusive, uma vez me fez a pergunta dura e exigente: “Como, concretamente, rompemos os cercos midiáticos?”

E esta pergunta estará vigente por muito tempo e eu, pelo menos, a assumo como compromisso permanente com o Comandante e com a Venezuela, até que encontremos respostas concretas.

Hoje mais do que nunca é preciso desenhar um plano de ação. Nenhum cerco midiático se rompe sem uma ação política correta.

É preciso criar as pontes e é preciso enchê-las de conteúdos corretos.

Requeremos ampliar o universo de dos interlocutores que lutam contra o capitalismo, requeremos dominar as ferramentas para combater os cercos e requeremos muita criatividade e facilidade para relatar o necessário de maneira invencíveis e revolucionárias. Nada fácil.

Já sabemos quantas armas apontam contra nós, se nos fizeram invisíveis mil e uma maneiras de silenciarmos e de distorcer o que queremos dizer e até mesmo o que dissemos.

Já sabemos que o inimigo de classe tem em suas mãos os milhares de recursos necessários para tratar de nos apagar do universo dos relatos.

E também sabemos quais foram nossas táticas mais poderosas e onde estão as nossas forças mais invencíveis para romper o cerco midiático que nos impõem.

Uma das chaves é a mobilização dos povos. É urgente que façamos da mobilização concreta, réplicas midiáticas constantes, por todas as vias que tenhamos em mãos.

Não há lugar para o cansaço, não há lugar para o descanso. Chávez e a Venezuela têm dado grandes exemplos e a questão é não é não abandoná-los. Jamais!

*Fernando Buen Abad é filósofo, intelectual e escritor de esquerda e militante marxista

Tradução: Vanessa Silva