Assembleia dos professores discutirá greve geral da categoria
Na próxima sexta-feira, às 14 horas, a praça da Sé será mais uma vez ponto de concentração dos professores do estado de São Paulo. Na pauta da assembleia, além das bandeiras de luta, consta também a discussão sobre uma greve geral da categoria.
Publicado 14/03/2013 14:51 | Editado 04/03/2020 17:16
A pauta de reivindicação é extensa, até porque, há muito tempo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) não consegue estabelecer uma relação de diálogo constante com o governo de São Paulo.
Um exemplo disso é que desde 2011, quando o governo estadual anunciou o reajuste salarial, houve uma negociação de que seria montada uma comissão paritária para discutir o índice de inflação do período para cálculo da perda salarial dos professores, mas o debate não avançou, porque se negou a fazer o debate na comissão.
“O Alckmin anunciou um reajuste que ele não deu. O que ele fez foi incorporar a gratificação que algumas categorias já recebiam e falou que estava dando aumento para os professores”, denunciou Francisca Pereira da Silva, vice-presidente da Apeoesp.
Para Francisca, “o reajuste não repõe nem as perdas de 1998”, ano em que foi aprovado o plano de carreira da categoria. “Como não bastasse isso, ele dilui o reajuste em quatros anos”, indignou-se a dirigente dos professores.
Outra intransigência do governador Geraldo Alckmin é evidenciada através do não cumprimento da lei que destina 33% da jornada de trabalho para preparação de aulas e aperfeiçoamento.
“Uma jornada como a que vem sendo praticada no Estado de São Paulo, na qual apenas uma pequena parte é dedicada às atividades extraclasses, tais como a preparação de aulas, formação, correção de provas acaba por resultar em desgaste e adoecimento para os professores e não contribui para a qualidade do ensino”, defende o informativo da Apeoesp .
Bandeiras:
• Cumprimento da lei de, no mínimo 33% da jornada de trabalho para atividades de formação e preparação de aulas;
• Reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012;
• Dignidade na contratação, condições de trabalho e atendimento no IAMSPE para os professores da categoria O;
• Regime de dedicação exclusiva para todos, por opção de cada professor (a);
• Melhores condições de trabalho e políticas de prevenção do adoecimento dos professores;
• Fim da lei das faltas médicas;
• Fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial;
• Fim das provinhas e avaliações excludentes;
• Por um plano de carreira que atenda às necessidades do magistério
De São Paulo, Ana Flávia Marx