Ministério Público denuncia deputado Raad Massouh

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o deputado distrital Raad Masoouh (PPL) ao Tribunal de Justiça […]

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o deputado distrital Raad Masoouh (PPL) ao Tribunal de Justiça do DF por lavagem de dinheiro, peculato e contratação ilegal. O processo foi aberto contra o parlamentar e outros 10 suspeitos em consequência da Operação Mangola, deflagrada pelo Ministério Público em parceria com a Polícia Civil, que investiga um suposto esquema de desvio de verba pública na Administração Regional de Sobradinho em 2010.
A denúncia, assinada pela procuradora-geral de Justiça Eunice Pereira Amorim Carvalhido, foi entregue à desembargadora Sandra De Santis. O próximo passo será a notificação dos denunciados. Conforme a legislação, as partes terão um prazo para apresentar defesa prévia. Caso não apresentem, a Justiça nomeará um defensor público para redigir a defesa.
Dentro da tramitação legal, o processo seguirá para a pauta de sessão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça, formado pelos 17 desembargadores mais antigos da Corte brasiliense.

Repercussão

A denúncia foi embasada a partir de informações colhidas por provas documentais e testemunhais. No ano passado, quando o caso veio a público, a repercussão negativa levou Raad Massouh a abandonar o comando da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas.
Na denúncia, o Ministério Público teria localizado evidências de que parte dos denunciados teria trabalhado para viabilizar a contratação de uma empresa sem licitação. No que se refere à lavagem de dinheiro, o grupo também teria agido de forma orquestrada para desviar recursos públicos em benefício próprio.
Nesta operação, o grupo teria usado uma associação sindical que estava sob influência de parte dos denunciados. Durante as investigações, o Ministério Público teria encontrado indícios substanciais que o grupo teria depositado R$ 47 mil, em dinheiro vivo, em uma conta bancária da instituição. O que caracterizaria o crime de peculato. No processo, alguns nomes estariam apenas em parte das denúncias, mas Raad seria citado em todas.

Defesa antecipada

Investigado também na Câmara Legislativa, Raad Massouh entregou sua defesa ontem à Corregedoria da Casa. O parlamentar se antecipou em oito dias em relação ao prazo regimental de defesa e afirmou, em nota, que está tranquilo com as investigações. “Tenho consciência do meu trabalho e da minha inocência. Acredito na Justiça”, disse Raad no documento.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, o corregedor da Casa, Patrício, terá 15 dias para apresentar relatório, enviando ou não as denúncias para a Comissão de Ética da Casa.
Ministério Público denuncia deputado Raad Massouh