Terrorismo contra Síria completa dois anos
Apesar de contar com intenso apoio externo, os bandos armados e mercenários que lutam para derrubar o governo de Bashar al-Assad na Síria não têm muito a comemorar nesta sexta-feira (15), dia em que "festejam" dois anos do início das operações terroristas para por abaixo o governo do país, à semelhança do que foi feito na Líbia.
Publicado 15/03/2013 18:37
O Exército Árabe Sírio mantém sob seu poder a capital do país, Damasco, e diferentes partes da Síria, apesar de mais de 70 mil mercenários terem penetrado o país e terem dominado algumas pequenas partes do território sírio.
Para auxiliar os terroristas, o Reino Unido e a França pediram o fim do bloqueio do envio de armas à Síria, a fim de permitir que países da União Europeia possam fornecer mais armamentos aos terroristas que lutam contra a Síria. Já foi amplamente divulgado pela mídia anti-imperialista que esses dois países fornecem ajuda militar no terreno, com pessoal dedicado a auxiliar militarmente os bandos armados e mercenários.
Os bandos armados recebem material bélico a partir de seus aliados regionais, Arábia Saudita e Catar, que repassam aos terroristas material estrangeiro enviado ilegalmente por outras nações, como Israel, Turquia, Estados Unidos e países europeus, como provam diversas apreensões de armas feitas pelo Exército Árabe Sírio.
A intenção destes países em derrubar o governo de Bashar al-Assad é abrir caminho para o cerco militar e diplomático do Irã e para o início uma nova intervenção contra o país persa, que já se veria isolado na região com a derrubada de seu aliado sírio. Abriria espaço também para uma ação ainda mais incisiva da rede terrorista Al-Qaida no Oriente Médio, criando mais uma base de apoio ao movimento salafista.
Com a queda de Bashar al-Assad, os Estados Unidos e seus satélites na região estariam livres para impor um governo títere e também ampliar a pressão contra o Irã e grupos anti-imperialistas da região, como o Hezbolá, no Líbano, que em conjunto com outras forças progressistas do país tenta evitar que Israel aprofunde ainda as ameaças que faz contra o Líbano.
Doias anos de conflitos criados a partir de protestos civis, à semelhança do que aconteceu na Líbia, serviram para lançar a Síria em uma situação aguda de crise humanitária, com pelo menos 2 milhões de menores de 18 anos em situação de desabrigo e extrema necessidade, segundo relatos da Unicef. O conflito também fez com que milhares de pessoas deixassem suas cidades e procurassem refúgio em nações vizinhas.
Com agências