Coreia Popular diz que EUA descumprem tratados bilaterais

A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) denunciou neste sábado os Estados Unidos de descumprir todos os tratados sobre o tema nuclear e as relações bilaterais e de pôr o país em sua lista de alvos de ataques nucleares preventivos.

Um comentário da agência noticiosa oficial KCNA assinala que nessas circunstâncias a República Popular "se viu obrigada a fabricar armas nucleares para prevenir a guerra e defender seu regime e seu destino".

A RPDC argumenta que é justo que possua armas nucleares para sua defesa ante as manobras dos Estados Unidos, e que seu terceiro teste atômico subterrâneo usou uma bomba pequena e leve, mas de grande poder explosivo.

Por sua parte, o diário Rodong Sinmun expressa que a manutenção da paz na Península Coreana até este momento é o resultado dos esforços da RPDC, mas alertou que Washington não deve confundir a paciência com debilidade.

O jornal acentua que a paciência de Pyongyang chega a seu limite quando os Estados Unidos recrudescem sua hostilidade com ações como promover uma resolução condenatória no Conselho de Segurança da ONU, que conduziu a RPDC a realizar seu terceiro teste nuclear.

A RPDC tinha advertido os Estados Unidos – conta o jornal – sobre sua oposição às manobras conjuntas com a Coreia do Sul, denominadas Key Resolve e Foal Eagle, que leva a cabo com a participação de numerosas tropas.

Igualmente, o jornal desmente rumores difundidos por Washington e Seul acerca de uma suposta provocação da RPDC e os qualifica de mentiras puras e contínuas.

Nesse sentido, Rodong Sinmun recorda que com argumentos como estes, os Estados Unidos justificaram sua presença militar no Iraque e no Afeganistão.

O jornal afirma que a Península Coreana se encontra agora em estado de guerra pela anulação do Acordo de Armistício e dos pactos de não agressão, que o governo da RPDC anunciou no início deste mês, passos dados devido às ações dos inimigos.

Por seu turno, o secretário estadunidense da Defesa, Chuck Hagel, indicou nesta sexta-feira (15) que Washington planeja deslocar 14 aviões interceptadores de mísseis para o Alasca, com a finalidade de"fortalecer o sistema de defesa do país contra um possível ataque da Coreia Popular".

“Vamos fortalecer nossa capacidade de defesa de mísseis em várias formas, para não correr riscos, para nos adiantarmos às crescentes ameaças de Pyongyang”, assinalou Hagel em uma coletiva de imprensa no Pentágono.

Os 14 interceptadores de mísseis serão instalados no complexo militar de Fort Greely, no Alasca, aumentando o número de sistemas antimísseis dos Estados Unidos de 30 para 44, incluídos os quatro instalados na base da Força Áerea de Vandenberg, na Califórnia, no oeste.

O secretário da Defesa agregou que Washington instalará uma estação de radar no Japão.

Com agências