Irã faz esforços por manter boas relações com países vizinhos

Os países vizinhos e demais países da região do Golfo Pérsico e Oriente Médio não devem vincular suas relações com o Irã à postura do país persa ante a crise síria, declarou neste sábado (16) o porta-voz do ministério iraniano de Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast.

Existem discrepâncias na política entre as autoridades dos países da região, algo completamente normal, assinalou Mehmanparast, porém, recorda, a insegurança de um dos países equivale à instabilidade de toda a região. Não obstante, destaca que as divergências não devem afetar as relações com outros Estados nacionais.

O porta-voz da Chancelaria iraniana insiste em que o Irã se pronuncia sistematicamente por um maior poder e jurisdição dos países da região, para depois agregar que estes deveriam entender o beneficio que comporta um Irã poderoso, capaz de garantir estabilidade e segurança na região.

Sobre o aumento das relações econômicas entre o Irã e a Turquia, o porta-voz precisou que o volume destas relações ultrapassou os 21 bilhões de dólares em finais de 2012, se bem que as autoridades de ambos os países apontam para 30 bilhões de dólares.

Quanto aos vínculos entre Teerã e o Cairo, assinalou que o Egito goza de uma história rica e uma cultura influente no mundo árabe e o aumento das relações entre o Irã e o Egito favorecerá os interesses dos países da região.

O diplomata iraniano recorda ainda, que seu país ocupa um lugar prioritário em nível mundial quanto à energia, em especial gás e petróleo, e dado que prioriza a Europa em sua política exterior, poderia fornecer-lhe a energia de que necessita a longo prazo.

Relativamente ao andamento do projeto do 'Gasoduto da Paz' entre o Irã e o Paquistão, assinala que os interesses nacionais do Irã obrigam este país a ampliar suas relações com diversos países. Além disso, as boas relações com um vizinho não prejudicam as que mantém com os outros.

Em outra parte de suas declarações, Mehmanparast disse que o regime israelense, que pratica o terrorismo governamental, trata de vincular o Irã no caso AMIA. Mas as autoridades do Irã e da Argentina chegaram, pela primeira vez, a um entendimento para esclarecer a verdade do caso.

Mehmanparast conclui afirmando que o acordo entre o Irã e a Argentina para desvelar o sucedido provocou uma desproporcionada reação do regime israelense, o que demonstra que o Irã está correto.

Hispan TV