Casamento coletivo no Museu da República

A cerimônia será no Museu da República, um dos principais monumentos do centro da capital. Ontem pela manhã, ocorreu o último ensaio, de uma hora e meia, antes da tão esperada data.

“Estou muito ansiosa para realizar este sonho. Estamos juntos há mais de 20 anos”, confessou a dona de casa Irismar da Silva, 43 anos. Ao lado dela, o parceiro José Augusto da Silva, da mesma idade, contou, orgulhoso, que a mulher mandou fazer o vestido. “Vai ficar linda”, ressaltou. A daminha deles será a neta de quatro aninhos.

Público-alvo

O projeto tem como público-alvo pessoas de baixa renda, contou o coordenador do evento, Ernanes Reis, e é resultado de parcerias da Sejus com a iniciativa privada.

A união é uma solenidade civil. Contudo, a preparação das noivas é como se o casamento fosse realizado no religioso. Todas vestidas de branco, bem produzidas. Os noivos estarão de terno e gravata, como manda o figurino. “Namoramos há mais de nove anos. Nos conhecemos ainda na escola. Estamos muito ansiosos”, contou Jéssica Xavier, 23 anos. Eles saíram do Recanto das Emas, onde moram, para ir ao ensaio. “Valeu a pena acordar cedo”, brincou o noivo Eduardo Pereira, 23.

Uniões antigas

Questionados sobre quantos casais ainda não viviam juntos, ninguém levantou a mão. Muitos, inclusive, já têm filhos. Esse é o caso da atendente Jéssica dos Santos, 25, e do militar Geová Diego da Silva, 21. Juntos há sete anos, têm uma filha, a pequena Jheniffer, de três anos, que será daminha na celebração.

Moradores do Condomínio Sol Nascente, em Ceilândia, Célia Carvalho, 26 anos, e David de Souza, 32, contam que a expectativa é grande. “Viemos de ônibus para o ensaio só para ter certeza de que tudo vai dar certo. É um sacrifício que vai valer a pena, quando nos casarmos”, disseram, empolgados. Os dois são pais de três filhos pequenos, que brincavam nos corredores do Museu durante a prévia do evento.