Chipre sofre maior pressão do Banco Central Europeu

O Banco Central Europeu (BCE) ameaçou nesta quinta-feira (21) retirar o financiamento do Chipre, a não ser que até a próxima segunda-feira o governo do país tenha chegado a um acordo para um plano alternativo de resgate.

A entidade advertiu — em um comunicado de apenas três linhas – que esse acordo terá que estar aprovado pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Um resgate inicial negociado por Nicósia com o BCE, o FMI e a UE no valor de 10 bilhões de euros foi recusado pelo parlamento cipriota, diante da repulsa generalizada pela contribuição forçada dos clientes dos bancos.

Enquanto isso, a Comissão Europeia considerou que o ultimato dado ao Chipre dá "clareza" à situação, a qual qualificou como "séria".

Segundo a Comissão, sem um programa de assistência financeira não está assegurada a solvência dos bancos cipriotas afetados e, portanto, a assistência de liquidez emergencial não poderá ser levada adiante após a próxima segunda-feira.

Além disso, a autoridade europeia assegurou que está ciente das intensas conversas em andamento em Nicósia e em outros contextos, em alusão às negociações do ministro de Finanças do Chipre, Mikhalis Sarris, com seu homólogo russo.

Para a Comissão, uma solução gerenciada e ordenada é ainda possível para o Chipre.

Estamos preparados para contribuir com qualquer conselho e assistência que possam ser necessários para facilitar um resultado sustentável, assinalou um porta-voz do organismo comunitário.

O Chipre necessita de 17,5 bilhões de euros e o Eurogrupo pode emprestar 10 bilhões; os outros 5,8 bilhões devem sair do bolso dos cidadãos, no momento que o pior golpe já foi dado aos correntistas, como mau precedente de resgate.

Fonte: Prensa Latina