Lugo denuncia distorção e desigualdade no processo eleitoral 

O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo denunciou, nesta quarta-feira (20), que a influência midiática e o poder dos que "detém recursos econômicos de origem desconhecida geram distorção e desigualdade durante processo eleitoral" no país que elegerá o presidente, vice, senadores, governadores, deputados regionais e do Mercosul no próximo 21 de abril. 

Fernando Lugo

Lugo referiu-se à exclusão do candidato presidencial da Frente Guaçu (coalizão de partidos e organizações da esquerda) Aníbal Carrillo, e de outros aspirantes dos movimentos progressistas nos debates televisivos que estão ocorrendo, o que gerou repúdio e a mobilização social. 

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“Essa política de exclusão, contraria a Constituição Nacional, se apoia na divulgação de falsas pesquisas, todas favoráveis aos partidos tradicionais”, afirmou Lugo. 

Após pedir a pluralidade da informação e a inclusão de todos os candidatos nos debates, o candidato a senador, defendeu a existência de uma Lei de Meios no país, para democratizar a comunicação e garantir que todos possam expressar-se e evitar monopólios. “A Frente Guaçu propõem criar oportunidades de expressão para todos os expoentes políticos, sociais, culturais e econômicos”, concluiu o ex-mandatário. 

OEA

A missão de observação da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Paraguai, liderada pelo costarriquense, Óscar Arias, exortou para a imprensa que daquele país para “difundir, em igualdade de condições, as diferentes propostas e projetos dos candidatos”.

Os especialistas da OEA pediram que as pesquisas e espaços de debate na televisão reflitam as diferentes opções, particularmente nos meios públicos. Dois candidatos conservadores o empresário Horacio Cartes (Partido Colorado) e o senador Efraín Alegre (Partido Liberal) lideram as pesquisas contra Aníbal Carrillo (Frente Guaçu).

Com Agências