UBM Marília debate desafios e perspectivas da mulher no sábado

A União Brasileira de Mulheres (UMB), de Marília (SP) realiza no sábado (23), às 18h, no Auditório Municipal "Octávio Lignelli" – piso superior da Biblioteca Municipal – o debate "História do Movimento Feminista e a Luta pelos Direitos das Mulheres na sociedade atual: desafios e perspectivas”. Entre as debatedoras, está Rozina Conceição, coordenadora geral da direção estadual da UBM- SP.

A iniciativa faz parte da “Campanha de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher”, lançada no dia 1º de março. O objetivo da atividade é discutir a ampliação de serviços de proteção às mulheres vítimas de violência e, principalmente, no que se refere a medidas socioeducativa ao agressor, conforme prescreve a Lei Maria da Penha. Também visa chamar a atenção dos gestores para a criação da Secretaria Municipal da Mulher, bem como de Centros de Referência da Mulher e Casas Abrigo.

A Campanha de “Enfrentamento à Violência Contra a Mulher” visa sensibilizar os homens, pois, segundo os idealizadores da ação, a maioria dos agressores de violência doméstica é do sexo masculino, ou seja, ex ou companheiros atuais. Por meio de folders com informações sobre a Lei Maria da Penha e de orientações jurídicas com profissionais nas portas das fábricas, escolas, universidades e na periferia, a campanha objetiva fortalecer as ações para coibir a violência doméstica.

“Reivindicamos ainda que o poder legislativo e executivo municipal elaborem um plano de ação de combate à violência contra a mulher, pois, dessa forma, nós, do movimento social, queremos chamar atenção da sociedade mariliense e acordar os nossos vereadores e prefeito a tomar algumas providências para por fim a todo tipo de violência sofrida pelas mulheres no município”, explicou a coordenadora geral do núcleo da UBM de Marília, Luciana Ferreira dos Santos.

Segundo Luciana, a ausência de políticas públicas faz com que as vítimas – mulheres trabalhadoras que moram nas periferias – sofram nas mãos de companheiros agressores. “A violência contra a mulher no município de Marília vem se tornando um descaso público e esse ciclo de violência doméstica precisa ser interrompido ou minimizado. No último dia 5 de fevereiro, por exemplo, uma servidora pública municipal foi esfaqueada e morta pelo ex-marido que não aceitava a separação. Esse fato mostra que Marília está atrasada em relação às políticas públicas para as mulheres, sobretudo no que se refere à segurança, aos serviços oferecidos de proteção e de combate à violência contra a mulher, que são insuficientes e precários", declarou Liciana Ferreira.

Ela avalia que para atender essas mulheres é fundamental a implementação de políticas públicas efetivas: "É necessária uma ação rápida para que a mulher seja amparada e livre. Sem uma política de estado efetiva nos serviços públicos, com atendimento e de profissionais qualificados, quem sofre são as mulheres de periferia que, na condição de vítimas em situações de ameaçadas, ficam à mercê e têm de se assumir a responsabilidade de proteger suas próprias vidas e a de seus filhos”.

A campanha conta com apoio da UBM, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Delegacia da Mulher, Núcleo de Direitos Humanos da Unesp, Ordem dos Advogados 31º Subseção de Marília, Defensoria Pública de Marília, União da Juventude Socialista, União Marilense de Estudantes Secundaristas, Sindicato dos Professores do ensino oficial do estado de São Paulo (Apeoesp) e Força Sindical,  regional Marília, que reúne 11 sindicatos locais.

Serviço:
Debate: "História do Movimento Feminista e a Luta pelos Direitos da Mulher na sociedade atual: desafios e perspectivas
Debatedores:
Maria José “Majô” Jandreice, ex-vereadora de Bauru e representante da direção estadual da UBM-SP.
Rozina Conceição, assessora parlamentar da deputada estadual Leci Brandão e coordenadora geral da direção estadual da UBM- SP.
Dr. Pedro Luis Vieira Machado, Delegado Titular da Delegacia da Mulher de Marília.
Maria Custódia Jorge da Rocha, doutora em Educação, Departamento de Ciências Sociais da Educação, Investigadora do Centro de Investigação em Educação – Instituto de Educação, Universidade do Minho, Braga, Portugal. Coordenadora do Projeto: Educação, Gênero e Poder.
Maria Auxiliadora dos Santos, secretária Nacional de Políticas para as Mulheres da Força Sindical.

Fonte: UBM