Entidades do TO divulgam nota em solidariedade às camponesas

O Movimento Estadual dos Direitos Humanos e o Centro de Direitos Humanos de Palmas, entidades civil sem fins lucrativos de Utilidade Publica, vem manifestar apoio e solidariedade à manifestação das mulheres da Via Campesina, no 8 de março, a qual teve como objetivo denunciar ao mundo os crimes ambientais e sociais das empresas que promovem o deserto verde e de sua representante a Senadora Kátia Abreu.

Nota de solidariedade às mulheres camponesas

O Movimento Estadual dos Direitos Humanos e o Centro de Direitos Humanos de Palmas, entidades civil sem fins lucrativos de Utilidade Publica, vem manifestar apoio e solidariedade à manifestação das mulheres da Via Campesina, no 8 de março, a qual teve como objetivo denunciar ao mundo os crimes ambientais e sociais das empresas que promovem o deserto verde e de sua representante a Senadora Kátia Abreu. Elas agiram em defesa da vida, de uma forma de desenvolvimento rural que se baseia na agricultura camponesa, na reforma agrária, na preservação da biodiversidade e na construção da soberania alimentar.

A ação das mulheres provocou um debate mais crítico na sociedade brasileira e mundial sobre o agronegócio. Porque as empresas e a mídia vendem uma imagem de que grandes empreendimentos geram muitos empregos. Mas o plantio de eucalipto gera apenas um emprego a cada 185 hectares plantados enquanto a agricultura camponesa gera no mínimo um emprego por hectare.

Estranhamente, ao invés de se preocupar em investigar as empresas, os latifundiários, que com apoio financeiro dos governos, estão provocando destruição ambiental, desemprego e êxodo rural, concentração fundiária, trabalho escravo, grilagem de terra publica, entres outros crimes a Senadora Kátia Abreu e seu filho Irajá Abreu falam em legalidade enquanto eles continuam impune aos crimes.

Portanto, serve a presente repudiar as afirmações da Senadora Katia Abreu e reafirmar o compromisso e apoio à luta pelos direitos humanos, especialmente das mulheres trabalhadoras, que estão sendo agredidas por defender a vida, a biodiversidade, a soberania alimentar da população brasileira.

Maria Veroni Martins
Coordenadora do Movimento Estadual dos Direitos Humanos

Maria de Fátima Dourado Silva
Coordenadora do Centro de Direitos Humanos de Palmas
Conselheira Estadual dos Direitos Humanos

Fonte: Vermelho Tocantins