Maduro: Ou revolução anti-imperialista ou a burguesia antipátria

O candidato socialista à Presidência da Venezuela, Nicolás Maduro, ressaltou neste domingo (24) que nas eleições de 14 de abril estará em jogo “a própria existência desta pátria, a paz da República" e o futuro do projeto do comandante Hugo Chávez, a quem chamou de Libertador do século 21.

Os venezuelanos decidirão entre dois modelos: "Ou a revolução democrática anti-imperialista, a revolução da independência socialista de Chávez, ou o nada, a burguesia, a antipátria, o liberalismo, o saque, o obscurantismo".

"É a pátria ou a antipátria. Ou é o projeto do comandante Chávez ou a burguesia saqueadora antipátria", disse em um ato de massas realizado na cidade de Barquisimeto, no estado de Lara.

"O que está em jogo aqui dentro de três domingos, no dia 14 de abril, é se na Presidência da República Bolivariana da Venezuela vai estar um filho de Chávez, um patriota, um revolucionário, ou um filho da burguesia, da oligarquia. Vocês decidirão se vão votar para que Nicolás Maduro Moros, filho de Chávez, seja presidente, ou se vão votar para que a burguesia volte ao poder e saqueie esta pátria".

Maduro manifestou a confiança de que o povo obterá uma vitória contundente e vai dar uma surra histórica no candidato da direita, Henrique Capriles Radonski.

"Um dia como hoje, exatamente dentro de três semanas, o povo vai bater a burguesia, a direita corrupta e parasitária", expressou.

Maduro defendeu que a dor pelo desaparecimento físico do líder socialista em 5 de março se transformou em força e energia para continuar com o socialismo no país.

"Saberemos ser fiéis e leais a teu legado, a teu testamento. Defenderemos este legado na rua com amor e com força", destacou.

O candidato socialista recordou que assim como existe uma revolução cheia de amor, força e energias positivas, na direita se movem com o ódio e a maldade: "Temos uns fariseus na direita, uns amargurados que por seu ódio estão agora obcecados comigo".

Em seu discurso, Maduro destacou sua origem humilde e o longo caminho de luta pelos direitos sociais que empreendeu desde muito jovem.

Maduro foi membro da Assembleia Nacional Constituinte que redigiu a nova Carta Magna de 1999, deputado, chanceler e vice-presidente da República; desde os 12 anos se ligou ao movimento político Ruptura.

Depois se integrou às fileiras da Liga Socialista, fundada por Jorge Rodríguez, pai. "Fiz minha formação com o velho Fernando Soto Rojas, Jesús Martínez, Oscar Battaglini, admirando a moral e a valentia de Jorge Rodríguez, pai, que era nosso ícone; de Ernesto Che Guevara, de Fidel Castro e da Revolução Cubana."

Recordou que foi perseguido pela antiga Direção Geral Setorial dos Serviços de Inteligência e Prevenção (Disip), junto com sua esposa, Cilia Flores, que foi defensora do comandante Hugo Chávez depois da rebelião militar que liderou em 4 de fevereiro de 1992.

Maduro lembrou emocionado o momento em que viu o comandante Chávez nas câmeras de televisão naquele 4 de fevereiro. “Quando Chávez declarou que assumia toda a responsabilidade pelo movimento militar bolivariano, eu disse: ‘Este é o homem, por fim vai começar uma nova história’”.

Direita disfarçada

Maduro qualificou de "hipócritas" e "manipuladores" os membros do comando de campanha da direita por plagiar parte da simbologia e do discurso que historicamente foram reavivados e apropriados pelos setores que respaldam a Revolução Bolivariana.

Afirmou que Capriles pretende ganhar as eleições tentando "disfarçar-se de chavista, de bolivariano".

Com Agência Venezuelana de Notícias