Presidente egípcio adverte que reprimirá protestos
O presidente egípcio, Mohamed Morsi, advertiu que adotará medidas drásticas contra aqueles que incentivarem a violência no país, segundo uma postagem feita nesta segunda-feira em sua conta do Twitter.
Publicado 25/03/2013 16:15
A advertência foi dada durante o encontro da Iniciativa para os Direitos e as Liberdades da Mulher Egípcia, horas após violentos distúrbios em frente à sede da Irmandade Muçulmana (IM) no bairro cairota de Moqaddam, nos quais três pessoas morreram e 210 ficaram feridas, segundo dados oficiais.
Durante os protestos desconhecidos incendiaram um escritório do Partido Liberdade e Justiça, o braço eleitoral da IM, na cidade setentrional de Alexandria.
Se as investigações demonstrarem que há políticos culpados por incitação à violência, estes serão castigados qualquer que seja seu status, disse o presidente, em alusão implícita a seus opositores reunidos na Frente de Salvação Nacional, com os quais mantém um conflito sem indícios de solução em curto prazo.
Todos serão tratados da mesma forma, opositores e partidários do governo, disse o presidente com relação aos violentos enfrentamentos nos arredores da sede da organização islamista do qual surgiu Morsi.
O presidente anunciou o estudo de "quaisquer medidas requeridas para proteger o país (…) que adotaremos em breve", assinalou, sem proporcionar mais detalhes.
As tentativas de mostrar que o Estado é débil fracassaram. O aparelho do Estado recupera-se e está em condições de enfrentar os violadores da lei, sublinhou.
Por sua vez, o Promotor Geral Talaat Abdullah ordenou a investigação de denúncias feitas por advogados da IM contra 14 pessoas e partidos opositores, acusados de incitar a violência contra esse grupo islamista.
Dias atrás, o presidente ordenou as Forças Armadas a manter a ordem na cidade setentrional de Port Said, após os conflitos pela condenação à pena capital de 21 dos 73 réus no julgamento pela morte de 74 torcedores do time de futebol Al Ahly, do Cairo, no início do ano passado.
Porta-vozes das Forças Armadas asseguraram que se mantêm equidistantes das forças políticas em disputa e que seu dever primeiramente é proteger as vidas e propriedades dos cidadãos.
Fonte: Prensa Latina