Manuela cobra solução para violência no dia do aniversário de PoA

Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) fez discurso na tarde desta terça-feira (26) para homenagear “Porto Alegre (PoA), a capital dos gaúchos e das gaúchas, que completa neste dia 241 anos de idade”. Ela que foi candidata a Prefeita da cidade, nas últimas eleições, destacou que “a capital da participação, a capital da educação, não aguenta mais ser a capital nacional do medo e da insegurança”.

“Fui, por três vezes, a Parlamentar mais votada da minha cidade. Recebi o recado e trabalho de maneira frequente e cotidiana para honrar os votos que recebi. Fui duas vezes derrotada como candidata à Prefeita dessa cidade. Por isso eu me retirei e deixo o Prefeito de Porto Alegre trabalhar cotidianamente pelo melhor da minha cidade, mas, no dia do aniversário da Capital dos gaúchos, não posso deixar de trazer a preocupação com os números que afligem o povo que me faz Deputada daquela cidade”, avaliou.

Ela lembrou que “Porto Alegre foi pioneira quando criou o Orçamento Participativo e que fez da participação a sua bandeira, mas não pode ser a cidade que cala diante de índices de violência maiores do que os que a Organização das Nações Unidas (ONU) tem como os limites aceitáveis para todas as cidades do mundo”, afirmou.

E cobrou providência para que a cidade encontre saídas para combater índices de violência superior à do Rio e à de Bogotá, capital da Colômbia, cidades que enfrentam o narcotráfico.

“Por ter sido derrotada nas eleições, não tenho me manifestado de forma frequente sobre seus problemas”, disse a deputada, destacando que no dia do seu aniversário, não pode silenciar diante dos problemas que vive a cidade.

“Uma cidade com as qualidades de Porto Alegre, com um povo trabalhador, com mulheres que são chefes de família na sua maioria, não pode ser a cidade que tem uma taxa de homicídios maior do que Bogotá, Rio e São Paulo”, disse ainda a deputada, encerrando sua fala com a citação de um verso de Mário Quintana:

“Parabenizo Porto Alegre pelos seus 241 anos, trazendo o verso de Quintana, que diz que olha o mapa daquela cidade como quem examinasse a anatomia de um corpo, como quem examina a anatomia do seu próprio corpo. Por ver Porto Alegre como quem vê o meu próprio corpo, o corpo de cada um dos seus cidadãos, trago a preocupação de uma cidade que não aguenta mais a violência e que tem hoje números de insegurança superiores aos do Rio de Janeiro, Bogotá e São Paulo”, concluiu.

De Brasília
Márcia Xavier