Membro da OLP cobra Estado palestino para paz e segurança

As autoridades israelenses cortaram completamente o abastecimento de água ára 10 vilas palestinas localizadas a noroeste de Jerusalém nesta segunda, de acordo com um oficial local, em denúncia feita à agência de notícias Wafa.

Yousef al-Faqeeh, chefe do conselho de serviços conjuntos dessas vilas, disse à agência palestina que as autoridades israelenses restringiram a quantidade de água enviada às vilas. Os residentes recebiam já pequenas quantidades e agora ficarão completamente sem abastecimento.

Al-Faqeeh disse que centenas de estudantes sofrem com a falta de água nas escolas, e pediu às partes relevantes que intervenham para pressionar as autoridades israelenses a reativar o abastecimento.

Além disso, soldados israelenses prenderam uma criança e o seu pai neste domingo (31), na cidade de Al-Khader, ao sul de Belém, enquanto muitos outros foram afetados por bombas de gás lacrimogênio durante confrontos provocados nas manifestações pelo Dia da Terra na Cisjordânia.

Fontes locais disseram que o garoto de 11 anos Saleh Musa foi preso depois de os soldados israelenses terem invadido várias casas na região. O pai dele também foi preso enquanto tentava descobrir o motivo da prisão de Saleh.

Confrontos ocorreram entre adolescentes e soldados na região. Os soldados dispararam balas de borracha e lançaram gás lacrimogênio, que ocasionaram vários casos de asfixia entre os residentes.

Paz e segurança

Saeb Erekat pediu o fim da ocupação israelense e o estabelecimento de um Estado independente da Palestina, dentro das fronteiras de 1967 (quando Israel passou a tomar mais terras palestinas), com Jerusalém Oriental como sua capital.

Ele disse, numa declaração emitida depois do seu encontro com o cônsul-geral dos EUA em Jerusalém Michael Ratney e outros delegados estrangeiros, que finalizar a ocupação e estabelecer o Estado palestino é também a solução para todos as questões de status final: a questão dos refugiados, Jerusalém, segurança, assentamentos, fronteiras, água e prisioneiros, com base nas resoluções da ONU.

Erekat sublinhou que a ocupação israelense, as atividades de assentamento e as tentativas de impor fatos irreversíveis, particularmente referente a Jerusalém Oriental, são o perigo real que ameaça a segurança, a estabilidade e a paz na região.

Vários casos de violência dos soldados israeleneses foram denunciados por palestinos neste final de semana, quando comemorou-se o Dia da Terra.

Manifestações de comemoração acontecem no dia 30 de março desde 1976, quando manifestantes palestinos foram mortos durante um protesto contra um anúncio de desapropriação feito pelo governo israelense, sob o pretexto de tomar as áreas para “segurança” e para assentamentos.

Com agências,
da redação do Vermelho