Comunista paraguaio denuncia que EUA planejam fraude eleitoral 

O secretário-geral do Partido Comunista Paraguaio, Najib Amado, afirmou nesta terça-feira (2) que os Estados Unidos planejam uma fraude na eleição que será realizada no próximo 21 de abril.  

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Em declarações para a Prensa Latina, Amado afirmou que os candidatos presidenciais Horacio Cartes e Efrain Alegre, dos partidos Colorado e Liberal Radical Autêntico, respectivamente, são os preferidos da embaixada estadunidense em Assunção para ocupar o poder. 

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Qualificou de estranho o clima eleitoral no país e afirmou que a fraude começou permitindo a propaganda permanente e absolutamente desigual de seus aspirantes preferidos, que é feita com a lavagem de dinheiro.

A dura acusação do dirigente comunista, em nome de seu partido, destacou que os meios de comunicação são cumplices desta operação como demonstra a desigualdade manifesta com os espaços dedicados para outras propostas politicas e especialmente as da esquerda.

“Nosso povo vai brigar nas urnas, mas também nas ruas, defendendo a vontade da maioria a favor dos candidatos que o representam, especialmente dos da Frente Guaçu”, ressaltou.

Ele manifestou que os Estados Unidos favorecem os candidatos do narcotráfico, o contrabando, a corrupção, o neoliberalismo, as transnacionais e a oligarquia agroexportadora e pecuarista.

Intervencionismo

"São os mesmos interesses norte-americanos que invadiram o Iraque, Afeganistão e Líbia e hoje ameaçam ao Irã e a Coreia Popular com as armas nucleares de extermínio massivo, com risco de extinção da vida na terra", sublinhou.

Amado disse que o imperialismo necessita impor mandatários servis a seus planos de converter o Paraguai em uma colônia econômica, política e militar e continuar a repressão contra camponeses que lutam por suas terras.

Lembrou que o golpe de Estado parlamentar contra o presidente Fernando Lugo foi perpetrado contra o povo paraguaio, mas também contra o movimento de libertação nacional na Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua e contra o desenvolvimento democrático e soberano no Brasil, Argentina e Uruguai.

Fonte: Prensa Latina