Projeto propõe fim de homenagens a quem viola os Direitos Humanos

A jornalista Rose Guglielminetti publicou em seu blog (http://blogs.band.com.br/blogdarose) a informação de que o vereador Gustavo Petta (PCdoB) protocolou, na quarta-feira (03/04), projeto de lei que proíbe que vias, próprios e logradouros públicos recebam nomes que homenageiem pessoas que cometeram crimes de lesa humanidade ou que tenham praticado violações dos direitos humanos.

49 anos do Golpe Militar

A ação do parlamentar ocorre um dia após a visita do secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão. Em evento na Câmara Municipal, que integra a Semana Municipal “Memória e Direitos Humanos”, o Secretário sugeriu que nomes como ‘Vila 31 de Março’, ‘Vila Costa e Silva’ e ‘Vila Castelo Branco’ sejam revistos. Abrão questiona, “deve a democracia prestar homenagens a ditadores?”

Gustavo considera necessário fazer uma revisão dessas homenagens. “É claro que não vamos fazer nada sem antes consultar as populações envolvidas, mas entendemos que devemos homenagear os que lutam pela democracia e pelas liberdades individuais e coletivas, e não o contrário. Acho que pode ser o caso de refletirmos se não seria o caso de mudarmos nomes que já estão colocados como o da Vila 31 de Março, data do golpe militar em nosso país”, afirma o vereador comunista.

Semana Municipal Memória e Direitos Humanos

A primeira sessão da Comissão Municipal da Verdade, Memória e Justiça de Campinas encerra a programação da Semana. Às 19 horas de sexta-feira (05/04), a Câmara sedia o Painel “Memória e Resistência Política” sobre a ação da ditadura em Campinas, com militantes políticos e sindicais dos anos 60 e 70.

O painel terá a presença de Irineu Simionato, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Borracha, sob intervenção em 64; Roseli Bianco, militante de esquerda, presa e torturada em Campinas em 1969; Tarcísio Sigrist, docente da PUCC, preso e torturado pela ditadura e Manoel Lino de Faria, trabalhador do Colégio Evolução, preso e torturado pela ditadura.

De Campinas.