Presença militar dos EUA aumenta a tensão na Península Coreana

A Marinha de Guerra dos Estados Unidos instalou um enorme radar diante das costas da Coreia do Sul para detectar um eventual lançamento de mísseis a partir da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), o que aumenta ainda mais a tensão na região.

O equipamento flutuante SBX, que pode rastrear o espaço em um raio de até dois mil quilômetros, foi instalado sobre uma plataforma marítima próxima à linha costeira e tem capacidade de detectar mísseis que hipoteticamente sejam lançados por Pyongyang.

A plataforma, similar à das torres de petróleo, mede 116 metros de largura e 85 de altura a partir do nível do mar.

As forças dos Estados Unidos e da Coreia do Sul elevaram seu nível de alerta na região além do radar, o Pentágono deslocou para o Pacífico Ocidental dois destróiers e baterias antimísseis em Guam, a cerca de três mil e 380 quilômetros a sudeste da RPDC.

Os militares estadunidenses também realizaram diferentes demonstrações de força com voos de bombardeiros estratégicos B-52 e B-2 e caças multifuncionais de quinta geração F-22 Raptor.

Enquanto isso, o governo da RPDC reiterou que a responsabilidade por este grave cenário recai sobre os Estados Unidos por promover sanções contra o país e por realizar as manobras militares Foal Eagle com a Coreia do Sul, consideradas por Pyongyang como preparativos para uma agressão.

Por seu turno, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um apelo para que a RPDC abandone a “atitude beligerante”. Ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que está disposto a buscar uma solução diplomática, mas ao mesmo tempo usou uma retórica agressiva, sublinhando que os Estados Unidos estão prontos para enfrentar “qualquer eventualidade”.

Com agências