Entidade da oposição síria acusa grupos de tortura e mais crimes 

Uma organização considerada aliada da oposição síria, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (com sede em Londres), revelou nesta segunda-feira (15) que grupos mercenários que tentam derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad cometem maus-tratos, abusos e torturas contra a população civil. 

O observatório alega dispor de uma rede de informantes em toda a Síria, e denunciou que grupos afiliados ao denominado Exército Livre Sírio (ELS) “torturaram selvagemente” cidadãos sírios que fugiam dos combates da cidade de Alepo, ao norte.

A entidade criticou também a retenção de civis, a exigência de pagamentos na forma de consideráveis somas de dinheiro e até o roubo dos seus pertences.

Como prova das suas denúncias, a organização difundiu nas redes sociais fotografias de uma pessoa a quem estavam atendendo, em um centro assistencial, com sérias lesões provocadas por torturas.

Nas imagens retratam-se numerosos ferimentos nas costas e nas pernas, além de hematomas em várias partes do corpo devido a numerosos golpes recebidos, enquanto permaneceu como refém dos mercenários.

O observatório assegurou que um dos pontos de concentração dos mercenários, no bairro de Ashrafiya de Alepo, permanecem retidas dezenas de pessoas em poder do ELS, sobretudo jovens de até 20 anos.

A entidade faz referências, por exemplo, a declarações de Abdo Ibrahim, um comerciante desse bairro que foi detido pelos insurgentes, que exigiram 20 mil libras sírias (cerca de 200 dólares) para libertá-lo.

Quando Ibrahim queixou-se e perguntou o motivo da ação, “recebeu como resposta uma chuva de insultos e ameaças”, segundo a organização.

Também o empresário Ali Mansour, que tentava retirar da sua empresa vários equipamentos para resguardá-los em outro lugar, menos perigoso, pediram o dobro, 40 mil libras.

De acordo com o Observatório, também foram registrados casos de desaparecimento, como o de Hesen Mehmud Hemo, de 51 anos, de quem nada se sabe desde que se dirigiu ao mencionado bairro de Alepo.

Para o Observatório Sírio de Direitos Humanos, estas unidades opostas ao governo sírio estão cometendo crimes de guerra.

Com Prensa Latina