Instituto que criou Correio Nagô será premiado no Rio de Janeiro

O Instituto Mídia Étnica (IME), organização social responsável pelo Portal Correio Nagô, foi contemplado com o Prêmio Camélia da Liberdade Ação Afirmativa, Atitude Positiva, na categoria Veículo de Comunicação. Em sua 7ª edição, o prêmio é uma “manifestação institucional e pública” do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas – CEAP. A premiação acontece no dia 24/4, no Rio de Janeiro.

Com patrocínio da Petrobras, o CEAP premia instituições de ensino, empresas, órgãos governamentais, veículos de comunicação e personalidades que apoiam a integração do negro na sociedade. Com este propósito, o Instituto Mídia Étnica foi criado em 2005, em Salvador. Nesses oito anos, o grupo realizou projetos que vão desde o treinamento de jornalistas para a questão da diversidade étnico-racial, passando pela formação de jovens comunicadores e na produção de notícias.

A organização já realizou projetos para instituições nacionais e internacionais e participa ainda da luta pelo direito humano à comunicação, especialmente os das comunidades afrodescendentes, promovendo debates nacionais e internacionais sobre o tema.

Em 2007, o Instituto Mídia Étnica criou o site Correio Nagô, que é hoje o principal veículo de comunicação negro do Norte-Nordeste e que conta com seguidores em todo o país. A plataforma é composta por uma rede social, um portal de notícias e um aplicativo para celular. A expressão Correio Nagô refere-se à transmissão de conhecimento e informação através da linguagem oral, uma das formas de resistência encontradas pelos primeiros negros escravizados trazidos à força para o Brasil.

O site possui ainda uma TV web que veicula reportagens próprias em vídeo tendo conseguido fidelizar, a cada dia, um público que busca saber sobre os principais assuntos que dizem respeito à comunidade negra brasileira e da diáspora, além de outros temas como gênero, diversidade sexual direitos humanos.

“É veiculando imagens e notícias que o Instituto Mídia Étnica e Correio Nagô pretendem combater uma das piores formas de marginalização e exclusão do nosso tempo: a falta de acesso à informação”, destaca o publicitário Paulo Rogério Nunes, um dos fundadores do IME.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações do Correio Nagô