“Não podemos admitir propaganda enganosa", defende Lucimara

Na tarde dessa quarta, 24, a vereadora Lucimara Passos (PCdoB/SE) ocupou a tribuna para fazer uma avaliação das ações do Poder Executivo e cobrar soluções.

“Precisamos aprofundar a discussão sobre a gestão dos resíduos sólidos. Venho falando sobre isso aqui na Câmara e continuarei insistindo”, declarou. “Em primeiro lugar, ao contrário do que foi dito em alguns relatos, afirmo que a decisão do fechamento é acertada”, destacou a vereadora e disse ainda que a sua crítica diz respeito especificamente a como o processo está sendo conduzido.

De acordo com Lucimara, a Prefeitura de Aracaju até momento não sinalizou alternativa para os catadores e não informou porque o aterro controlado continua recebendo resíduos da construção. Sobre essa questão, a vereadora ressalta que as caixas coletoras espalhadas na cidade recebem esse resíduo misturado com o lixo doméstico, muitas vezes até com carcaças de animais. “Com tudo isso ainda estão fazendo publicidade com uma meia verdade. Denunciei que não tinha sido fechado, mostrei fotos e continuo afirmando que até hoje não fechou”, diz Lucimara.

“Outro ponto que questiono é a informação de que a Prefeitura irá fazer um Projeto de Recuperação da Área Degradada (Prad) quando já existe um projeto pronto feito por uma equipe técnica conceituada e respeitada nacionalmente. Iremos pagar novamente, investir recursos públicos em um novo projeto? Por quê?”, questiona. A informação foi confirmada pela própria vereadora na manhã desta quarta em consulta ao atual presidente da Adema, Genival Nunes, que confirmou recente solicitação da Emsurb requerendo o Prad de volta.

A equipe que elaborou o projeto em 2012, na gestão do ex-prefeito Edvaldo Nogueira, foi liderada pelo engenheiro civil Fernando Jucá, responsável pela Associação Tecnológica da Universidade Federal de Pernambuco. O projeto de recuperação elaborado por Jucá e sua equipe foi encaminhado à Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) e à Justiça Federal também em 2012.

Fatos e discurso

Para a vereadora, os passos que tornaram viável a possibilidade de encerramento do aterro foram dados ao longo de anos, assim como a construção da estação de transbordo que, para ela, representa a conclusão de uma das etapas. No entanto, Lucimara destaca que é preciso seguir as determinações nacionais, principalmente no que diz respeito ao fechamento efetivo do lixão.

Paralelamente, relembra a vereadora, existe o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado pelas prefeituras de Aracaju, São Cristovão e Nossa Senhora do Socorro que determina a construção de aterro público sob regime de consórcio intermunicipal. “Esse é o objetivo final, o consórcio público”, explica.

Para Lucimara há incoerências entre fato e discurso também quando se tenta passar a ideia de que a abertura da estação de transbordo foi fruto de uma ação isolada da gestão atual. “A estação que está recebendo os resíduos sólidos foi licenciada em março de 2013. E só existe estação de transbordo porque Aracaju, em 2012, bateu o pé e mostrou que não podia pagar os tantos milhões a mais que eram necessários para levar os caminhões de Aracaju até Rosário do Catete. Só existe hoje possibilidade de encerrar o lixão do Santa Maria porque Edvaldo Nogueira, enquanto prefeito, Lucimara Passos, Oswaldo Nascimento, Silvio Santos, João Andrade e Fábio Silva atuaram de forma insistente buscando atingir esse objetivo”, defende categoricamente a vereadora. “Não podemos admitir que propaganda enganosa seja feita com objetivos políticos", conclui.