Ato dos trabalhadores da construção civil pede segurança em obras

A paralisação de um dia dos trabalhadores da construção civil de São Paulo levou centenas de pessoas às ruas na manhã desta sexta-feira (26) para protestar contra os acidentes de trabalho. A marcha seguiu pelas ruas do centro da capital paulista e seguiu até a rua Martins Fontes, onde fica a Delegacia Regional do Trabalho.

O protesto, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP) e pela Força Sindical, defende o fortalecimento e uma fiscalização maior das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas).

O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, reforçou a importância das Cipas e falou da importância da união do governo federal, empresários e trabalhadores para reduzir os acidentes e a incidência de mortes. Em 2012, foram 12 mortes – uma por mês – e, neste ano já foram cinco.

"É necessário cobrar e acompanhar o trabalho das pessoas encarregadas de preservar o trabalhador", disse. "Além do custo social dos danos à saúde dos trabalhadores, existe ainda o custo econômico gerado para a construção civil quando um trabalhador fica doente".

Os manifestantes reclamam da omissão do governo. Nos últimos dez anos, alegam, o número de trabalhadores da construção pulou de 1,7 milhão para mais de 3,5 milhões. O volume de fiscais do Ministério do Trabalho, no entanto, não teria crescido no mesmo ritmo.

No domingo (28), quando é celebrado Dia em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho, em diversos países, a central sindical e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo devem se reunir para debater o tema em suas sedes.

Com agências