São Paulo terá Samu para dependentes de álcool e drogas

Um convênio entre o governo do estado e a Prefeitura de São Paulo vai ampliar o programa de combate ao crack. Entre as ações previstas, o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) vai ganhar cinco equipes especializadas no atendimento a casos de dependência química. Para atender à nova demanda, a frota do Samu vai ser ampliada: a cidade tem hoje 140 veículos e passará a ter 145.

“É um sistema inédito que surgiu dessa demanda do Cratod [Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas], da necessidade, muitas vezes, de buscar o paciente”, disse o secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri. “Pela primeira vez, o Samu passa a ser integrado, porque até então estado e prefeitura não estavam juntos. Cinquenta por cento da equipe serão do estado e 50% do município”, completou o prefeito Fernando Haddad.

Haddad informou que o novo serviço vai suprir uma falha no recolhimento dos pacientes com dependência química que, muitas vezes, não era feito por falta de conhecimento dos médicos. “Às vezes, o atendimento não era feito por falta de especialização na matéria”, disse.

A partir de segunda-feira (29), cerca de 11 mil profissionais da Secretaria de Saúde vão passar por uma capacitação para atendimento em saúde mental. Além disso, os centros de Atenção Psicossocial (Caps) que funcionam 24 horas vão passar de cinco para dez. Segundo Haddad, a previsão é que esse tipo de centro de atendimento chegue a 30, até o final de 2014.

“Os Caps são uma rede que efetivamente promovem uma mudança na qualidade do atendimento. Basta visitar um, para verificar. Os dependentes são os primeiros a reconhecer o papel da saúde nos Caps”, disse o prefeito.

As unidades de Acolhimento e Residência Terapêutica Especiais também vão ser ampliadas: passarão de 11 para 25. Além disso, serão criados 16 consultórios de rua para abordagem dos dependentes, até o final do mês de maio.

De responsabilidade do governo do estado, o Cratod vai continuar encaminhando pacientes à rede hospitalar. “Enquanto a prefeitura aumenta o atendimento primário, o estado aumenta a sua disponibilidade de leitos para a rede de regulação da prefeitura” definiu Cerri.

Com informações da Agência Brasil