Meio ambiente para o PCdoB

A Política ambiental sob a ótica do PCdoB foi o tema do encontro realizado na tarde de ontem na Assembleia Legislativa do Amazonas. O partido realiza nos próximos dias 18 e 19 de maio, em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Meio Ambiente para consolidar sua opinião acerca do assunto. Essa opinião deve ser levada, ainda para a Conferência sobre o tema que o governo federal realizará este ano.

Entre os palestrantes estavam o secretário de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra, doutorando em "Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia", o deputado estadual Eduardo Farias, do PCdoB/AC e o presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Ademir Stroski, especialista em resíduos sólidos.

Eron relatou sua experiência à frente da Sepror, ressaltou os programas desenvolvidos pela pasta com o viés sustentável, além de defender que há três concepções para a Amazônia – produtivista, santuarista e sustentabilista.

Para os produtivistas, o que importa é o crescimento econômico, sem nenhuma preocupação ambiental. Para os santuaristas, o inverso. Eles advogam que a Amazônia, pela sua importância, é um patrimônio da humanidade e que a sua floresta não pode ser mexida, é intocável. “Muitas pessoas, inclusive algumas que se proclamam de esquerda, por limitação teórica ou má fé, defendem essa tese. Não entendem que ao aceitarem a tese da Amazônia como patrimônio da humanidade estão abrindo mão também da soberania do Brasil sobre a Amazônia brasileira”, explica Bezerra.

Do embate entre as concepções “produtivista” e “santuarista” surgiu uma terceira vertente: a chamada teoria da “sustentabilidade”. Segundo a sustentabilidade, não só a Amazônia, mas todo o mundo pode, e deve, se desenvolver respeitando o preceito filosófico de que ninguém pode agir impunemente sobre a natureza. Algo chamado, normalmente, de teoria do desenvolvimento sustentado.

Eduardo Farias relatou a experiência do Estado do Acre sobre o desenvolvimento sustentável e afirmou que a tradição dos povos da Amazônia é extrativista. “Nós importávamos produtos da Europa pois não produzíamos”, disse.

Atualmente, o Acre tem o objetivo de se transformar no estado referência em piscicultura na Amazônia, aproveitando suas fronteiras com outros estados e com o oceano Pacífico.