Correa denuncia ambiguidade dos EUA em relação à CIDH 

O presidente equatoriano, Rafael Correa, criticou a ambiguidade na política dos Estados Unidos e perguntou quem nomeou Washington como juiz do bem e do mal para reger sobre os direitos humanos em outros países.

Rafael Correa - Miguel Ángel Romero/Presidencia de la República

Em seu recente relatório para a cidadania, Correa destacou que o sistema eleitoral dos Estados Unidos é absolutamente imperfeito e tudo está construído para perpetuar o bipartidarismo.

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Ele falou sobre o rechaço do Senado dos Estados Unidos, no dia 16 de abril,  para a proposta de ampliar a verificação dos antecedentes de civis na compra de armas, projeto apoiado pelo presidente Barack Obama.

“Com essa resolução, fica demonstrado que os políticos do Senado responderam para o capital e não para seus mandantes, que apoiavam a proposta após a comoção que causou o massacre de 20 crianças de uma escola em dezembro de 2012”.

O projeto apoiado pelo mandatário estadunidense não passou do Senado por 54 a favor e 46 contra, quando se requeria uma maioria de 60 sobre 100. “Nesta decisão quatro democratas se somaram aos senadores republicanos, para frear a iniciativa, ato criticado por Obama ao considerar que votaram por medo que a Associação Nacional do Rifle suprima seu apoio financeiro neste partido".

Os Estados Unidos são o maior consumidor e exportador de armas no mundo, seguido pelo Reino Unido cuja principal exportação são as armas. “Por trás disso está o imenso poder dos fabricantes de armas”, disse Correa.

O chefe de Estado equatoriano disse que o governo vai continuar lutando contra a mentira ao referir-se aos relatórios de Transparência Internacional e da Relatoria para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que qualificou como um “despropósito”.

Democratização da comunicação

“O Equador conseguiu grandes avanços em relação aos direitos humanos da comunicação para um verdadeira liberdade de imprensa e a democratização da comunicação é um feito”, afirmou o governo em comunicado difundido no ultimo domingo (28).

Em 2007 existiam 1.178 meios de comunicação privados, 86 públicos e nenhum comunitário; enquanto hoje existem 1.315 meios privados, 327 públicos e 20 comunitários.

"A Secretaria de Comunicação do Equador comemora, neste 3 de maio, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e soma-se no mesmo afã de conscientizar a nível nacional e internacional a importância e o direito de uma verdadeira liberdade de expressão para todos", disse. 

Fonte: Prensa Latina