CTB-BA e Nova Central promovem grande ato do 1º de Maio

Um 1º de Maio mais perto do povo. Foi assim que a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil da Bahia (CTB-BA)  e Nova Central promoveram uma grande festa do Dia do Trabalhador, na Praça Nelson Mandela, no bairro da Liberdade, em Salvador (BA). Com o tema “Garantir Direitos e Avançar nas Conquistas”, a comemoração, iniciada à tarde, uniu atrações musicais à reflexão sobre os avanços e os desafios da classe trabalhadora.


fotos: CTB-BA divulgação

O secretário-geral daCTB-Ba, Florisvaldo Bispo, avaliou como positiva a comemoração, que celebrou ainda os 70 anos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). “Esse dia é, sem dúvidas, um marco nas conquistas da classe trabalhadora, dia de relembrar a luta daqueles trabalhadores de Chicago e as vitórias que alcançamos desde então, a exemplo da CLT no Brasil”, refletiu.

Para o dirigente, é preciso avançar ainda mais gerando postos de trabalho e garantindo direitos. ”As Centrais Sindicais tem cumprido esse papel de organizar os trabalhadores para lutar contra a flexibilização das leis, avançar no trabalho decente e conscientizar os empresários que é sua obrigação cumprir esses direitos”, afirmou Bispo, que também representou no ato o Sindicato de Trabalhadores da Construção Civil.

O presidente da Nova Central na Bahia, José Ramos, disse que os sindicatos devem ser intransigentes no sentido de se fazer reconhecer direitos. “Nós como Centrais Sindicais temos que estar nas ruas fazendo a defesa de mais emprego para a juventude, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e a valorização dos aposentados”.

Diversas representações sindicais do serviço público, além de bancários, comerciários e professores fizeram o uso da palavra para defender bandeiras históricas de luta dos trabalhadores, como o fim do fator previdenciário, redução da jornada, o aumento das aposentadorias e a redução da taxa de juros para gerar mais empregos e impulsionar o desenvolvimento.

Representações políticas

O ato da CTB-BA e Nova Central foi prestigiado por diversas lideranças políticas do estado que saudaram a iniciativa das centrais de fazer a festa no bairro da Liberdade, tão representativo para a cultura e as raízes da Bahia. O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) defendeu a regulamentação da Convenção 158 da OIT  ”para acabar com essa rotatividade permanente no mercado de trabalho”.

Já a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) citou avanços conquistados, como a PEC dos trabalhadores domésticos, e disse “a luta precisa continuar, apoiando governos democráticos, mas levantando alto as bandeiras da valorização do trabalho”.

O deputado estadual Álvaro Gomes e os vereadores de Salvador Aladilce Souza e Everaldo Augusto, todos do PCdoB, ressaltaram que este é um ano decisivo para a luta pela redução da jornada. “Produzir mais, em menos tempo e com mais trabalho”, reforçou Everaldo. Aladilce cobrou ainda a aprovação das 30 horas para os trabalhadores da enfermagem, projeto que tramita no Congresso Nacional.

Representantes dos movimentos sociais União de Negros pela Igualdade (Unegro), Luta pela Moradia e União da Juventude Socialista (UJS), fizeram o uso da palavra para destacar a necessidade de melhoria nas condições de vida dos trabalhadores, com investimentos na educação e ampliação de políticas públicas que garantam o desenvolvimento com a redução da desigualdade.

A festa

Um dia diferente e especial para os trabalhadores e todas as famílias que participaram da festa. Além da reflexão sobre a realidade de diversas categorias de trabalhadores foi possível também expressar alegria em comemorar a data. Shows dos grupos Batifun, Academia do Samba e Tambores de Búzios animaram o público presente na Praça Nelson Mandela até o início da noite. Com quase 30 anos de militância no Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal da Bahia (Assufba), a trabalhadora aposentada Conceição Amorim fez questão de participar da festa e levou o neto para aproveitar a recreação infantil oferecida pelas centrais. O garoto brincou na cama elástica, pintou o rosto e observou a criação de esculturas em bolas. “A diversão foi em dobro pra mim e pra ele”, disse a aposentada.

Fonte: CTB-BA