Venezuela critica ingerência dos EUA após episódio na Assembleia

Após declarações feitas pelo secretario geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, o ministro de Comunicação, Elías Jaua, criticou a ingerência do país na Venezuela, e classificou as declarações de cínicas e imorais”.

Insulza lamentou os atos violentos ocorridos na Assembleia da Venezuela. Isso “reflete, de maneira dramática, a ausência de um diálogo político que possa dar tranquilidade à cidadania e aos integrantes dos poderes públicos para resolver, em um clima de paz e entre todos os venezuelanos, os assuntos pendentes neste país” em comunicado da OEA. O porta-voz afirmou que “trabalhamos com o senhor Maduro e seu governo como o Governo que está no lugar e manejando o país na Venezuela. É o povo venezuelano quem deve decidir sobre a legitimidade deste governo”.

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Outra manifestação estadunidense foi feita pelo porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Patrick Ventrell: “estamos profundamente preocupados pela violência que ocorreu, expressamos nossa solidariedade com os feridos e pedimos a todas as partes que se abstenham de atitudes que contribuam para enfrentamentos físicos”, declarou.

Em comunicado, o governo bolivariano qualifica as declarações como “cínicas e imorais” e denuncia que elas têm o objetivo de superdimensionar o lamentável confronto ocorrido no Parlamento venezuelano.

“O governo bolivariano considera como absolutamente cínicas e imorais essas pretensões, especialmente quando provêm de quem minimizou e inviabilizou os graves atos de violência fascista ocorridos em 15 de abril do presente ano e em dias subsequentes, como consequência do desconhecimento dos resultados eleitorais por parte do candidato perdedor e seu chamado de ira e à violência depois das eleições de 14 de abril”, diz o texto.

Jaua, que assina o documento, reitera que o país “rechaça firmemente qualquer tentativa de promover mediações não requeridas” e que a Venezuela confrontará “qualquer ingerência, dos que não tem moral para falar de diálogo, democracia e paz, pois têm semeado a guerra, violência e morte durante os séculos 20 e 21”.

Da Redação do Vermelho,
com agências internacionais