Otan nega aumento da presença militar no Ártico

O secretário geral do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, negou nesta quarta-feira (8) a possibilidade de aumentar a presença militar desse bloco na região do Ártico.

Ao terminar uma visita de dois dias à Noruega, Rasmussen descartou as intenções da Otan de situar mais soldados e equipamentos militares em uma região na qual se calcula existem ao redor de 90 bilhões de barris de petróleo.

O tema dos recursos naturais do Ártico será abordado no próximo dia 15 em uma reunião de chanceleres do Conselho do Ártico, onde especialistas afirmam que também se concentra 30% do gás natural não explorado do planeta.

A entidade citada, que inclui organizações de povos originários dessa região, está integrada pelo Canadá, Dinamarca, Rússia, Islândia, Suécia, Noruega, Estados Unidos e Finlândia.

Durante o encontro de ministros também serão abordados os pedidos para conseguir status de observador apresentados pela China, pela Índia, Singapura, Coreia do Sul e Itália, enquanto que outros países como o Reino Unido, Alemanha e França já desfrutam dessa condição.

A aceleração do derretimento no Polo Norte despertou maior interesse na possibilidade de explorar seus recursos naturais e levou países como Estados Unidos, Rússia, Canadá ou Dinamarca a incrementar por diferentes vias sua presença militar na região.

Membros da Otan como Dinamarca, Noruega e Canadá realizam periodicamente manobras conjuntas, Copenhague fortaleceu sua base na Groenlândia e os Estados Unidos criaram forças especiais para condições de inverno no Alasca.

As autoridades canadenses criaram um grupo expedicionário treinado para baixas temperaturas, enquanto a Rússia aumentou suas atividades científicas para demonstrar a união entre o maior país do mundo e a plataforma que passa pelo Ártico.

Além disso, é estudada a possibilidade de aumentar sensivelmente o transporte de combustível e mercadorias pela chamada rota norte, isto é, através do Ártico até o sudeste asiático, considerada a de maior índice de crescimento econômico no mundo.

Fonte: Prensa Latina