Nicarágua demonstra avanços diplomáticos e em proteção ambiental
A Nicarágua foi objeto de atenção esta semana, devido à visita de importantes personalidades e ao protagonismo nos debates tendendo a alimentar a paz, integração e respeito à diversidade cultural e meio-ambiental. A aspiração de converter o Golfo da Fonseca em uma área de tranquilidade e progresso reuniu, na quarta-feira (8), na capital Manágua, os presidentes de Honduras, Porfirio Lobo, de El Salvador, Mauricio Funes, e o presidente anfitrião, Daniel Ortega.
Publicado 11/05/2013 11:00

O objetivo comum expressado no final no encontro, na Casa dos Povos, é o de acelerar projetos para evitar conflitos na zona compartilhada pelas três nações, e agilizar a execução de programas sociais, produtivos e ambientais a favor dos seus habitantes.
Com esses planos, os três mandatários darão um valioso impulso à integração centro-americana (retardada, entre outros fatores, pela instabilidade nesta região) e a restituição de direitos de hondurenhos, nicaraguenses e salvadorenhos assentados perto desta grande reserva de água.
Outro passo dado nesta semana a favor da coordenação de ações na região do golfo também teve como cenário a capital nicaraguense, que foi sede, de 7 a 10 de maio, da 21º Reunião de Diretores e Oficiais de Inteligências e Operações, da Conferência das Forças Armadas Centro-americanas.
Os participantes do encontro convergiram sobre a necessidade de unir ações e destacaram o enfrentamento nestes países de uma forma mais direta ao narcotráfico e a todas as atividades vinculadas a esta atividade.
Militares de Guatemala, El Salvador, Honduras, e República Dominicana assistiram à reunião do mecanismo, criado em 199, presidido de forma pró-tempore o Exército de Nicarágua.
Além do seu protagonismo nesta zona geográfica, este país também teve atenção, recentemente, devido à visita do chanceler da Palestina, Riad Malki.
Durante a sua estadia em Manágua, onde chegou na terça-feira (7), em uma série de visitas pela região, o ministro palestino agradeceu o respaldo do governo sandinista à luta da sua nação contra as agressões israelenses e pelo reconhecimento do seu Estado na Assembleia Geral das Nações Unidas, em novembro de 2012.
Autoridades nicaraguenses ratificaram a vontade de seguir contribuindo com a causa deste povo e pela libertação dos seus presos políticos, assim como de ampliar a colaboração bilateral em vários sentidos.
Também nesta semana esteve no país a diretora geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, que prometeu continuar respaldando Nicarágua na proteção do seu patrimônio cultural e da sua biodiversidade.
Antes deixar o país, na quarta-feira (8) e na quinta esteve em importantes reservas naturais, sítios históricos e comunidades originárias, e conversou com Ortega, prometendo apoiar os esforços do seu governo em prol do seu povo e da humanidade.
Uma das questões essenciais abordadas pelo mandatário em um diálogo com Irina foi a situação na nortenha Reserva de Biosfera Bosawás, a maior na América Central, “em risco de desaparecer por obra de personas sem escrúpulos ou empenhadas em expandir cultivos para sair da pobreza”.
Ortega ratificou a concordância da política de seu governo com os interesses da Unesco, enquanto descartou a suposta irreversibilidade dos danos naquela área e expressou a sua confiança na estratégia interinstitucional aplicada pelo governo.
Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho