Auditoria da eleição venezuelana encerra 1º ciclo com zero erro

A vice-presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Sandra Oblitas, afirmou, nesta quinta (16), que o primeiro ciclo de verificação cidadã de 46% das Mesas de Votação da eleições de 14 de abril apresentou “erro zero”. Ao insistir em não reconhecer os resultados, "Henrique Capriles e a oposição golpista na Venezuela, que continuam insistindo em roubo e fraude nas eleições de 14 de abril, querem pescar em águas turvas, persistindo na desestabilização do presidente Maduro", diz Max Altman.

Auditoria

"Não somente foram feitas 18 auditorias prévias em todo o sistema de votação – máquinas, software, etc. – acompanhadas e aprovadas pelos partidos, inclusive os de oposição, mas também estão sendo realizadas auditorias de 100% das mesas. Não houve nem pode haver fraude. O sistema é blindado e absolutamente seguro. As auditorias demonstram cabalmente a precisão dos resultados. O voto eletrônico, lá na Venezuela, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, não comporta recontagem 'voto a voto' como pretende a oposição venezuelana", como observou Max Altman, que participou como observador internacional das eleições de outubro de 2012 e abril de 2013.

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Até o momento, explicou Oblitas, foram revistas 3.505 mesas de votação, num processo mediante o qual os técnicos participantes contabilizaram um a um os comprovantes de voto de cada mesa e os contrastaram com os resultados registrados na ata de escrutínio emitida pela máquina de votação.

A contagem apresentou 99,98% de coincidências, o 0,02% restante obedece a faltas justificadas de um ou dois comprovantes em algumas mesas. Em alguns casos os comprovantes poderiam ter sido rasgados ou, como de fato ocorreu, engolidos por algum eleitor, o que corresponde a delitos eleitorais.

O importante deste processo é que esta ou qualquer falta esteja assentada numa ata de incidências que é consultada pelos auditores no momento de encontrar uma inconsistência.

A representante do poder eleitoral esclareceu que as faltas estavam, como devem ser, devidamente justificadas já que foram anotadas nas atas. Na hipótese de não estarem reproduzidas nesse documento, os técnicos vão aos cadernos de votação para verificar o número de eleitores que deveriam participar e cotejar os dados com a ata de escrutínio.

Ela reiterou que esse 0,02% "não corresponde a inconsistência de dados, nem supõe uma alteração da vontade dos eleitores de uma dada mesa. Trata-se de diferenças devidamente justificadas que puderam ser evidenciadas nas atas assinadas pelos membros da mesa e dos fiscais de partido".

Até o momento, a porcentagem de mesas auditadas chega a 75%. Isso porque 54% das urnas foram conferidas no próprio dia das eleições. Nesse mesmo dia, por iniciativa de fiscais de partido e membros de mesa, foram revisados outros 12.13% das mesas. Em 18 de abril, se auditou 0.5%. Agora foram revistas mais 9%, totalizando 75.63% de mesas já verificadas.

Nesta quinta-feira (16), compareceram à verificação cidadã a Frente Ampla de Mulheres. Sua porta-voz, Juana Delgado, manifestou que "esta é uma experiência única, tudo está à vista, não se esconde nada. Pudemos ver todas as caixas que se abriam e não observamos nenhuma inconsistência".

Com colaboração de Max Altman