Pérez Esquivel: Morte de Videla fecha ciclo da história argentina

O premio Nobel da Paz argentino, Adolfo Pérez Esquivel, afirmou, nesta sexta-feira (17), que a morte do ditador Jorge Rafael Videla encerra um ciclo da história da nação e “vai além de Videla, é uma política que se implementou em todo o país e na América Latina”.

Videla - Hernán Zenteno/ La Nación

Durante uma conversa com o programa “O ruim de ser bom”, da emissora de rádio La Once Diez, o defendor dos Direitos Humanos sublinhou que “sua morte não deve deixar ninguém feliz, temos que seguir trabalhando por uma sociedade melhor, mais justa, mais humana, para que este horror não volte a ocorrer nunca mais”, enfatizou.

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O lutador do direito de Autodeterminação dos Povos, que passou 28 meses preso na Argentina e se define como “um sobrevivente dos voos da morte” qualificou Videla, de 87 anos, “como um homem que passou a vida fazendo muito mal e traiu os valores de todo um país”.

“Creio que para estes que cometeram crimes de lesa humanidade, depois de muitos anos e décadas conseguimos abrir os arquivos da impunidade e a repressão”, refletiu e acrescentou: “a justiça deve seguir investigando o que aconteceu”.

Da Redação do Vermelho,
Com agências