PCdoB retoma projeto Bairro a Bairro em Porto Alegre

A primeira edição do Bairro a Bairro teve a presença do vereador João Derly e de representantes dos mandatos da vereadora Jussara Cony, da deputada federal Manuela d`Ávila e do deputado estadual Raul Carrion. O grupo esteve na Vila dos Papeleiros e reuniu-se com moradores do centro da Capital gaúcha.

Vila dos Papeleiros

Na comunidade, João Derly conheceu melhor o trabalho de Maíra Amorim, moradora da vila há 10 anos. Ela dá aula de futebol para cerca de 30 meninas. O trabalho voluntário a aproximou ainda mais da comunidade. “Acredito que temos que muito a fazer por essas crianças e o esporte ajuda muito. A Vila dos Papeleiros precisa ser olhada com mais atenção”, disse Maíra. Ela apresentou ao vereador e bi-campeão mundial de judô as principais demandas da comunidade enquanto caminhavam pelas ruas da vila. “Entre as reivindicações deles está o equipamento e a manutenção da praça em que as crianças praticam futebol, uma quadra coberta para a prática de esportes e um terreno para a construção da sede da associação de moradores. Além disso, pedem coleta de lixo adequada, espaços para os moradores depositarem os materiais que usam na reciclagem. ”, relatou Derly. Segundo Maíra, existem dois terremos que poderiam receber a sede da associação. Outro pedido dos moradores é uma nova creche. João Derly entregou aos moradores e comerciantes do local seu material de prestação de contas e colocou seu mandato à disposição da comunidade. Além disso, pelo Twitter, já encaminhou à Prefeitura algumas demandas apresentadas.

Centro

A segunda agenda do Bairro a Bairro aconteceu na Assembleia Legislativa, onde se reuniram moradores do centro de Porto Alegre. Derly abriu a reunião falando da importância do bairro a Bairro. “A boa política é aquela que aproxima as pessoas das soluções de seus problemas. E, para fazermos a boa política, é de extrema importância a proximidade com as pessoas e sua realidade”, disse.

Ramon Moraes Bertoldi, que trabalha e mora no centro, relatou que carros de carga e descarga acabam atrapalhando o fluxo de pessoas e veículos. Segundo ele, os carros param em fila dupla e geram, assim, problemas para quem transita pela região. Como sugestão, ele indicou a criação de estacionamentos específicos para esse fim na rua Sete de Setembro (exemplo) ou o estabelecimento de um horário específico para as atividades de carga e descarga.

Antônio Rodrigues mora no centro há cerca de seis anos. Ele pediu que seja priorizado o trânsito das pessoas no centro. Para isso, sugeriu que haja estacionamento em apenas um lado na Rua dos Andradas, entre as ruas General Bento Martins e Caldas Júnior. Ainda de acordo com Rodrigues, um grave problema é o aumento do número de moradores de rua. “Parecem invisíveis aos olhos do poder público e da sociedade. O poder público precisa zelar por essas pessoas. Basta uma caminhada pela rua Riachuelo e veremos exemplos claros desse abandono social.”, explicou. O moradores apontou, também, problemas de pavimentação, desníveis no asfalto, má conservação das vias e ineficiente manutenção das bocas de lobo na região central da Capital gaúcha.

Já Nara Trindade, moradora do centro, disse que os problemas da região são os mesmos há mais de 10 anos. Ela afirmou que a segurança pública continua preocupando ao extremo. Citou exemplo do assalto no meio da tarde que ocorreu na semana passada, deixando quatro pessoas baleadas. “Pessoas são assaltadas a qualquer hora. Está insustentável a situação. Temos medo de sair de casa para irmos trabalhar; medo de chegar em casa. Todos os dias ouvimos relatos de uma situação de violência.”, contou. Nara apontou a limpeza urbana que, segundo ela, está precária. “Se não cuidarmos da limpeza do centro histórico de Porto Alegre, o que mostraremos aos turistas que estarão aqui no ano de vem?”, questionou.

Entre os pontos levantados pelos moradores presentes na reunião estão, ainda, o potencial turístico da Usina do Gasômetro e do Cais Mauá. Segundo eles, os locais são subaproveitados. A orla do Guaíba também foi apontada como um grande local para ser explorado turisticamente, mas é abandonada, insegura e, por isso, inacessível a moradores e turistas.

Próxima edição

O Bairro a Bairro acontecerá uma vez a cada mês. A expectativa é visitar toda a cidade em um ano.

Para o Vermelho,
Flavia Lima Moreira