Deputado Assis Melo adere à campanha Imposto Justo

Em ato solene realizado na tarde desta terça-feira (21) na Câmara dos Deputados, foi lançada a campanha nacional pela coleta de assinatura para o Projeto de Lei de iniciativa popular que prevê, entre outros pontos, a correção da tabela do Imposto de Renda e o aumento dos valores a serem abatidos com gastos referentes à educação, elevando os valores de pouco mais de R$3.000,00 para um teto de R$12.000,00. 

Deputado Assis Melo adere à campanha Imposto Justo

A campanha é de iniciativa do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) e conta com o apoio do deputado Assis Melo (PCdoB-RS), das centrais sindicais e de dezenas de outras entidades que participaram do evento de lançamento.

Para Assis , a iniciativa do Sindifisco, merece elogios. O deputado se prontificou a ser um dos divulgadores da campanha. Parlamentar gaúcho, dirigente licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e membro da direção nacional da CTB, Assis salientou que o mais prejudicado com a não correção da tabela de incidência do Imposto de Renda é o trabalhador “que vive exclusivamente de seu salário, que é tributado na fonte”.

Assis lembrou que foi preciso travar uma guerra com o governo para isentar uma faixa dos ganhos dos trabalhadores sobre a participação nos lucros recebida das empresas. O correto seria isentar na sua integralidade esses valores recebidos pelos trabalhadores. Segundo Assis, as pessoas físicas sócias ou acionistas das empresas estão isentos do Imposto de Renda sobre esses lucros.

“O governo usa dois pesos e duas medidas para tratar esta questão, isso sem falar nas constantes isenções praticadas para beneficiar alguns setores da economia, sem exigir nenhuma contrapartida de proteção ao emprego ou de ganhos reais para os trabalhadores. Não que não sejam justas estas iniciativas do governo como instrumento de enfrentamento de crise financeira, porém, o governo deve ter um olhar especial sobre aqueles que produzem as riquezas do nosso país, inclusive enfrentando jornadas de trabalho extenuantes”, reforçou Assis.

Segundo dados apresentados pela entidade promotora da campanha, de janeiro de 1996 a janeiro de 2013, tomando como referência o limite de isenção, a tabela do IR foi corrigida em apenas 90,08%, enquanto a inflação – dependendo do índice utilizado – foi de até 312%; a cesta básica medida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) teve uma variação de 243,96% e até mesmo a caderneta de poupança, sabidamente a aplicação financeira de menor correção, variou em 656,62% no mesmo período.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Assis Melo