Alckmin negocia cargo com o PRB em troca de apoio à sua reeleição

Disposto a ampliar sua base eleitoral para a disputa de 2014, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve oficializar nesta quinta (23) a entrada do PRB de Celso Russomanno no primeiro escalão do governo estadual. O objetivo do tucanato vai além do apoio do PRB às eleições para o governo do estado, mas também afasta uma possível aproximação com o PT.

Terceiro lugar na disputa à Prefeitura de São Paulo em 2012, com 21% dos votos válidos, Russomanno deve concorrer em 2014 a uma vaga na Câmara dos Deputados.

Alckmin reúne-se na tarde desta quinta com o presidente nacional do PRB, bispo Marcos Pereira, quando deverá anunciar o nome do administrador Rogério Hamam para seu secretariado.

A expectativa é que o PRB ocupe a Secretaria de Desenvolvimento Social. Seu titular, Rodrigo Garcia (DEM), deverá ser promovido, ocupando a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Prestes a aderir ao governo do PSDB em São Paulo, o PRB é aliado da presidente Dilma Rousseff (PT) no plano nacional. O ingresso do PRB no governo tucano foi noticiado ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Controversas

Desde janeiro do ano passado o chefe da Casa Civil de Alckmin, Edson Aparecido, e Pereira negociam a entrada do PRB no governo paulista.

O PRB indicou a Alckmin três nomes da estrutura partidária para o secretariado. Uma das condições era que o escolhido não fosse da Igreja Universal do Reino de Deus, ligada à sigla.

O nome do presidente estadual do PRB, Marcos Cintra, chegou a ser cogitado por tucanos. Mas, como ele se filiou ao partido em fevereiro, enfrentou reação interna. Na negociação, o Palácio dos Bandeirantes sugeriu que o partido comandasse a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano.

O PRB aventou outras opções, entre elas o Desenvolvimento Social, o que foi aceito pelo governo. A pasta é responsável por vitrines sociais de Alckmin, como o Bom Prato e o Viva Leite.

Informações da Folha de S.Paulo