Patriota: Comércio entre Brasil e África quadruplicou em 10 anos

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, afirmou nesta quarta-feira (21) que o governo da presidenta Dilma Rousseff segue a tradição, iniciada pelo ex-presidente Lula, de aproximação com os países africanos.

Patriota Seminário As Relações do Brasil com a África - Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Ele lembrou que nesta quinta (23) a presidenta fará sua terceira visita ao continente. Dilma Rousseff participará da cerimônia de comemoração dos 50 anos da União Africana em Adis Abeba, capital da Etiópia. Além disso, no início do mês, o presidente egípcio, Mouhamed Mursi, esteve em visita oficial a Brasília. Foi a primeira vez na história que um presidente do Egito veio ao país. “A presidenta está demonstrando grande empenho e compromisso.”

Patriota destacou que na última década as trocas comerciais entre Brasil e África quintuplicaram, passando de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012. O ministro ressaltou que ainda há espaço para crescimento, pois apenas 5% das exportações brasileiras são destinadas ao continente africano. O ministro destacou a forte presença de empresas privadas do Brasil na África.

O ministro participou do seminário As Relações do Brasil com a África – A Nova Fronteira do Desenvolvimento Global, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo jornal Valor Econômico. O evento teve ainda a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda durante o seminário, Patriota disse que o estatuto do Banco do Brics – bloco que reúne o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – pode ser oficializado na próxima cúpula do grupo em Fortaleza, em 2014. “Durante a última cúpula [do Brics] em Durban, na África do Sul, esse foi um dos temas principais. Esperamos que na próxima já possa ser adotado o estatuto”, disse o ministro. Patriota destacou que a intenção é o banco oferecer recursos em condições favoráveis a países em desenvolvimento. “Há grande interesse dos países africanos [na criação do banco].”

Fonte: Agência Brasil