Maduro anuncia avanço da Unasul para instalação do Banco do Sul

O Conselho Diretor do Banco do Sul, que representa a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), será instalado na segunda-feira (3), em Caracas, capital venezuelana, onde funcionará a sede da instituição. A entidade deverá ter um fundo de cerca de US$ 20 milhões, oriundo de repasses dos 12 países que fazem parte do bloco.

O objetivo de criar o banco é promover o desenvolvimento e o crescimento econômico, assim como o estímulo às obras de infraestrutura. A sede será em Caracas, mas haverá escritórios em Buenos Aires, na Argentina, e La Paz, na Bolívia.

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"O Banco do Sul surgiu como uma proposta que se corresponde com um pensamento político novo e uma economia nova", disse o chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, durante a Conferência da União de Nações Sul-americanas (Unasul) sobre Recursos Naturais para um Desenvolvimento Integral da Região, que começou nesta segunda-feira (27), no Banco Central da Venezuela (BCV).

Idealizado pelo então presidente da Venezuela Hugo Chávez, que morreu em março, o Banco do Sul pretende ser uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial. As contribuições para o fundo deverão ser por igual, para que nenhum integrante tenha maioria.

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse que a criação do banco regional é uma ferramenta importante da unidade e da consolidação de ação conjunta. A ata sobre a função da instituição foi definida em 9 de dezembro de 2007, na Argentina. Representantes da Bolívia, do Equador, Uruguai, da Venezuela, do Brasil e do Paraguai assinaram o documento.

O texto foi adaptado durante o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26 de setembro de 2009, na Ilha Margarita, na Cúpula da América do Sul e África. A instituição financeira sul-americana tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento, o crescimento econômico e as obras de infraestrutura das nações membros.

A Unasul é formada pela Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile, Guiana e Suriname. Participam como observadores o Panamá e o México.

Com AVN e Agência Brasil