Equador defende criação de Fundo Monetário do Sul 

O ministro de Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, anunciou nesta segunda-feira (10) que os membros da União das Nações Sul-americanas (Unasul) têm prevista a criação de um fundo que permita atender às emergências das nações que integram o bloco.

Ricardo Patiño - EFE

“Pode servir para socorrer um país pequeno ou grande e não ter que submeter-se às imposições e as condicionalidades do Fundo Monetário Internacional”, manifestou Patiño durante um entrevista para a televisão estatal do Equador. 

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Neste sentido, o chanceler disse que espera-se que este seja o próximo passo como parte das iniciativas regionais, após a criação do Sistema Único de Compensação Regional de Pagamentos (Sucre) e o Banco do Sul.

A iniciativa poderia ocorre na próxima quarta-feira (12) em Caracas, onde ocorrerá o 1º Conselho de Ministros e Finanças do Banco do Sul, para revisar e consolidar documentos, estatutos e políticas de funcionamento.

Patiño explicou que “a diferença entre o Banco do Sul e o Fundo Monetário do Sul é o que o último servirá para atender emergências”.

“Um país tem um problema de balança de pagamentos, de exportações ou de diversa natureza e necessita a curto prazo financiar o rombo orçamentário que possa ter (…) Para isso poderia servir o Fundo Monetário”, detalhou.

Ele explicou que este Fundo Monetário, assim como o Banco do Sul estariam constituídos com recursos financeiros dos países da região.

Banco do Sul

O chanceler Patiño adiantou que, nos próximos meses, fará uma reunião de chefes de Estado da Unasul para fazer o lançamento oficial do Banco do Sul, que qualificou como “uma alternativa de financiamento regional extraordinária”.

“Um dos projetos que financiaria o Banco do Sul é uma rede ferroviária sul-americana que conecte todos os países da região”, informou o diplomata equatoriano.

O Banco do Sul está constituído por sete países latino-americanos: Argentina, Brasil, Equador, Venezuela, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

Fonte: TeleSUR