Venezuela anuncia fim do segundo ciclo da auditoria das eleições

A auditoria das eleições realizadas em 14 de abril acaba de cumprir dois dos três ciclos e nesta quarta-feira (29) terá início o 3º ciclo, o que dará por encerrado o processo de revisão de 46% das mesas de votação.

Auditoria Venezuela - AVN

No próprio dia da eleição, 14 de abril, foram auditadas 54% das mesas. Desse modo, concluído o processo de auditoria estarão revisadas 100% de todas as mesas eleitorais.

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Na terça-feira (28), a presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, presenciou o encerramento do 2º ciclo.

Os primeiros dois ciclos mostraram 99,98% de coincidência entre os comprovantes físicos de voto depositados em urna e os dados registrados em ata de escrutínio emitida pela máquina de votação.

O restante 0,02% não corresponde a qualquer inconsistência e sim a diferenças de um ou dois votos mencionadas na ata eletrônica, firmada pelos membros da mesa e pelos fiscais dos partidos. As diferenças foram explicadas como o eleitor deixou de introduzir o comprovante na urna depois de votar, por tê-lo engolido, ou por tê-lo escondido.

Transparência

Observadores internacionais que acompanharam a visita de Lucena concordaram com a robustez do sistema de votação venezuelano.

Os dois advogados, integrantes do Grêmio Nacional de Advogados (National Lawyers Guild, em inglês), a maior e mais antiga organização jurídica dos Estados Unidos, manifestaram que a Venezuela tem um dos melhores sistemas eleitorais do mundo.

Robin Alexander destacou: "A Venezuela talvez tenha o melhor processo eleitoral em todo o mundo, não somente pela utilização da tecnologia como também pela emissão de comprovantes físicos que em seguida podem servir de elemento para uma auditoria, agregou. "Ter uma revisão feita por cidadãos no próprio dia da eleição é sumamente importante, Devido à qualidade do processo não esperamos diferenças na contagem dos 46% das mesas que faltam auditar".

Por sua parte, a advogada Audrey Bomse manifestou estar impressionada com a participação de cidadãos na auditoria e com as medidas do organismo eleitoral para garantir a transparência da eleição presidencial.

"Outro elemento que realmente impressiona é a participação dos cidadãos comuns na auditoria. Isto não acontece nos Estados Unidos" expressou.

Fonte: AVN
Colaborou Max Altman