Idosos vivem por mais tempo, mas com menor qualidade de vida

Pesquisa da USP aponta que essa população tem convivido por mais tempo com doenças crônicas típicas de sua faixa etária. Para o médico pesquisador, as políticas públicas para os idosos “são insuficientes”.

Apesar do crescimento da expectativa de vida nos últimos anos, os idosos de São Paulo estão vivendo com menor qualidade de vida. Um estudo desenvolvido na Faculdade de Saúde Pública da USP aponta que essa população tem convivido por mais tempo com doenças crônicas típicas de sua faixa etária.

A pesquisa chamada Sabe (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento) avaliou a ocorrência de um processo chamado de compressão da morbidade. Nesse estudo é avaliado se o intervalo entre o aparecimento da doença e a morte estava diminuindo. Na verdade, foi apontada uma expansão da morbidade. Foi avaliado também se o aparecimento da doença estava sendo postergado para os últimos anos de vida.

Em entrevista à Agência Brasil, o médico geriatra Alessandro Gonçalves Campolina, que conduz a pesquisa, disse que as políticas públicas voltadas para os idosos no país “são insuficientes”, e que se fossem implementadas iniciativas de prevenção esse quadro poderia ser revertido.

Em relação às doenças crônicas que mais acometem os idosos estão a hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas, doença pulmonar crônica e doenças mentais – como depressão e demências. Além de doenças articulares – como artrite e artrose – e quedas.

De São Paulo, da Radioagência NP