Artistas protestam pelo assassinato do bailarino Augusto Omolú
Um grupo de artistas promove, na manhã desta segunda-feira (3/6), uma manifestação pela morte do bailarino Augusto Omolú, encontrado morto no último domingo (2), em sua casa, no município de Lauro de Freitas (Região Metropolitana de Salvador). Segundo a polícia, que ainda busca identificar o autor do crime, a vítima foi atacada com golpes de facas no pescoço.
Publicado 03/06/2013 10:06 | Editado 04/03/2020 16:16
O ato tem início do Terreiro de Jesus, no Centro Histórico da capital, onde está localizada a escola
Em uma nota pública de pesar, o TCA lamentou a morte do artista e destacou o seu potencial artístico e contribuições para a arte do estado. “O ator, dançarino e coreógrafo é uma referência mundial e ocupa um lugar de destaque na construção, difusão e popularização da dança produzida na Bahia”, diz o texto.
A Secretaria de Cultura do Estado (Secult) também se pronunciou e enfatizou, através da diretora da escola de dança da FUNCEB, Beth Rangel, que a morte de Augusto é uma grande perda, sobretudo, para a educação.
“Estamos perdendo não apenas o Augusto artista, mas o Augusto educador. Um cidadão comprometido com a arte e com a educação baseada na inclusão de crianças e jovens. Tive a felicidade de conhecê-lo e conviver de perto com ele e com a sua sensibilidade durante os últimos dois anos”, afirma Beth.
O Grupo Gay da Bahia (GGB) também acompanha o caso. Em pronunciamento feito à imprensa, o presidente da entidade, Marcelo Cerqueira, informou que o bailarino foi encontrado apenas de cueca, o que pode indicar que o crime esteja relacionado à sexualidade da vítima.
Augusto Omolú tinha 50 anos e se destacou pelo trabalho voltado à cultura de matriz africana. Foi o único brasileiro a integrar o elenco da Odin Teatret, célebre companhia dinamarquesa fundada pelo italiano Eugênio Barba.
De Salvador,
Erikson Walla