Ativistas internacionais apoiam civis da Turquia em protestos

Os cidadãos de diversos países do mundo, entre eles dos Estados Unidos, da Grécia, Alemanha e Bulgária expressaram nesta segunda-feira (3) a sua solidariedade ao povo turco, que vive uma semana de protestos intensos contra o governo da Turquia, do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.

Os manifestantes gritam “queremos liberdade” e “renuncie, Erdogan”, e erguem cartazes em que se lia “Turquia, não está sozinha”, ou “Detenham a brutalidade policial”, em referência aos enfrentamentos violentos entre policiais e civis durante as manifestações antigovernamentais no país.

Na Grécia, várias pessoas, inclusive gregos, turcos e curdos, reuniram-se ante a Embaixada da Turquia em Atenas, capital do país, em solidariedade com os manifestantes anti-governo turco. "Estamos separados pelo mar, estamos unidos pela dignidade", cantavam estudantes gregos para condenar "a violência e em particular o tipo de violência que é vulgar e carente de fundamento político”.

Em Berlim, na Alemanha, cerca de mil pessoas dirigiram-se aos manifestantes turcos, cantando lemas relacionados com a “solidariedade internacional”. Enquanto isso, em Sofia, capital da Bulgária, uma centena de estudantes turcos manifestou-se em apoio aos seus compatriotas.

O Partido Republicano Popular da Turquia (CHP, pelas siglas em turco), o principal partido da oposição turca, urgiu Erdogan a desculpar-se ante o povo. "O primeiro-ministro deve pedir perdão à nação pelos recentes acontecimentos", ressaltou o líder o partido, . Kemal Kılıçdaroğlu, logo após uma reunião com o presidente turco, Abdullah Gül.

Até o momento três pessoas perderam a vida nos protestos de rua antigovernamentais da Turquia e numerosos cidadãos resultaram feridos nas manifestações que se tornam cenários de enfrentamentos violentos entre policiais e civis indignados.

Os protestos na Turquia contra as políticas do governante Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, por suas siglas em turco) começaram na sexta-feira (31/5), quando as forças turcas dispersaram de forma violenta uma manifestação pacífica de ativistas ambientalistas.

A Turquia é um dos países da região que acusa o presidente da Síria, Bashar Al-Assad, de conduzir um regime ditatorial, e o apoio do governo turco aos rebeldes armados (entre eles, mercenários estrangeiros, inclusive turcos) no interior sírio já foi ressaltado diversas vezes como mais uma ingerência criminosa desestabilizadora, com base em pretextos ilegítimos.

Com HispanTV