Comitê de Reunificação Pacífica da Coreia ressalta diálogos

O Comitê pela Reunificação Pacífica da Pátria (CRPP), norte-coreano, publicou nesta quinta-feira (6) uma declaração especial, em que aborda o convite oficial feito pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC, ou Coreia do Norte) à República da Coreia (Coreia do Sul), para uma reaproximação baseada no diálogo.

A proposta de Pyongyang (sede do governo da Coreia Popular) se dá na ocasião do 13º aniversário da Declaração Conjunta de 15 de Junho, adotada no término de uma cimeira entre o falecido presidente norte-coreano Kim Jong-Il e o então presidente sul-coreano Kim Dae-Jung, a favor da reunificação pacífica da Península da Coreia.

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A importância da reaproximação é enfatizada no documento:

Já transcorreram 13 anos desde que foi publicada a histórica Declaração Conjunta de 15 de Junho, entre o Norte e o Sul da Coreia.
Todos os nacionais não esquecem a época de 15 de junho, em que fervilhava em todo o país o clima da reunificação da pátria e o desejo em todo coração de melhoras urgentes das relações entre os coreanos, para a abertura de uma nova fase de reunificação.

Para a nação coreana, a publicação da Declaração Conjunta de 15 de Junho serve como um evento especial digno de ser registrado, que acabou com a história da divisão e enfrentamento impostos pelas forças estrangeiras, e abriu uma nova época da reunificação independente.

Os eventos surpreendentes ocorridos com o 15 de Junho demonstraram que, quando a nossa nação dá as mãos e soma forças, não precisa fazer mais nada para lograr a cooperação na prosperidade da nação e a reunificação do país.

Entretanto, devido aos graves desafios das forças anti-reunificação internas e externas, a época do 15 de Junho foi pisoteada lamentavelmente, e até a sua última herança está a ponto de extinguir-se.

Os empresários sul-coreanos pedem a normalização da Zona Industrial de Kaesong (ZIK) e a reabertura do turismo no Monte Kumgang, e os familiares separados no Norte e no Sul da Coreia esperam, angustiados, pelo encontro com os seus parentes, último anseio de toda a sua vida.

Como os membros da nação podem dar as costas a este estado trágico de hoje? Até a data, temos feito todos os esforços possíveis para melhorar as relações Norte-Sul, em estado catastrófico, retomar o turismo no Monte Kumgang, normalizar a ZIK e solucionar o problema humanitário.
 

Além disso, a declaração afirma que a Coreia Popular sempre esteve disposta a retomar as relações com a Coreia do Sul, com o objetivo principal de reunificar pacíficamente a península, dividida pelos Estados Unidos e a União Soviética logo após a Segunda Guerra Mundial, depois da ocupação pelo Japão, por 35 anos.

Por outro lado,o documento acusa a Coreia do Sul de não ter dado a devida importância aos diálogos e de terem alegado a manipulação norte-coreana: “Não atuamos para semear a ‘discórdia entre os habitantes sul-coreanos’, como dizem as autoridades sul-coreanas, nem as tratamos de forma estúpida”.

"Se ambas as partes coreanas se obstinarem em suas insistencias, não se poderá encontrar a chave para a solução dos problemas pendentes entre o Norte e o Sul, e só aumentarão o desespero de todas as classes e camadas, inclusive dos empresários sul-coreanos, e o desalento de toda a nação", ressalta.

Neste sentido, a declaração ressalta as proposições feitas pelo Comitê pela Reunificação Pacífica da Pátria:

Propomos manter as conversações entre as autoridades do Norte e do Sul da Coreia, para a normalização da Zona Industrial de Kaesong e a retomada do turismo ao Monte Kumgang, com o motivo do 15 de Junho.

Proponemos realizar o ato conjunto nacional pelo 13º aniversário da Declaración Conjunta de 15 de Junho e comemorar conjuntamtne a participação das autoridades de ambas as partes o 41º aniversário da publicación de la Declaración Conjunta del 4 de Julio, o que contribuirá para a melhoria das relações.

Se as autoridades sul-coreanas responderem construtivamente, tomaremos de inmediato todas as medidas referentes à comunicação e a ligação, incluindo a retomada da via da Cruz Vermelha em Phanmunjom.

É invariável a posição da RPDC de fomentar a reconciliação e a unidade da nação, para lograr a reunificação, a paz e a prosperidade. Se as autoridades sul-coreanas desejam realmente o estabelecimento da confiança e a melhoria das relações entre o Norte e o Sul, não devem perder esta oportunidade, mas abandonar as presunções e suspeitas desnecessárias e responder ativamente à decisão magnânime e a proposta da RPDC.


Fonte: Comitê pela Reunificação Pacífica da Pátria