Coreia Popular e do Sul marcam reunião prévia em busca de acordo

Os governos da República Popular Democrática de Coreia (RPDC) e a Coreia do Sul concordaram em fazer uma reunião prévia neste domingo (9), na região de Panmunjom, na fronteira entre os dois países. A conversa ocorre três dias antes da reunião marcada para quarta-feira (12) em busca do fim do impasse e do clima de tensão na Península Coreana. No encontro, também deve ser analisada a reabertura do complexo industrial de Kaesong.

Cada uma das duas Coreias enviará três delegados a Panmunjom para as negociações em nível ministerial no dia 12, em Seul. O Comitê para a Reconciliação Pacífica da Coreia Popular informou, em comunicado, que são necessários contatos prévios para definir alguns temas.

As conversações preveem um alívio para as graves tensões que prevalecem na península, principalmente pela influência dos EUA na região, potencializada pelo afastamento entre os dois países coreanos.

Ambas as partes protagonizaram em meses recentes a pior crise dos últimos anos, agudizada pelos dois lados, com a realização de manobras militares conjuntas entre os EUA e a Coreia do Sul, e com o lançamento de satélites e testes nucleares pela Coreia do Norte (RPDC). Ambos consideraram as ações provocações militares.

Nos exercícios militares foram utilizados modernos armamentos e aeronaves sofisticadas capazes de transportar bombas atômicas, e Pyongyang (sede do governo norte-coreano) considerou essas ações ensaios de um possível ataque nuclear contra a RPDC.

Estas ameaças conduziram à adoção, por Pyongyang, de uma série de medidas de represália, entre elas a retirada da sua representação em Panmunjon (uma vila na fronteira "de facto" entre os dois países, onde foi assinado o armistício de 1953, que finalizou a Guerra da Coreia), o corte da comunicação com Seul (sede do governo sul-coreano) e a suspensão dos trabalhos no complexo industrial de Kaesong, localizado no território norte-coreano, no Paralelo 38 (linha que marcou a divisão da Coreia após a Segunda Guerra Mundial).

Em uma declaração emitida por um porta-voz do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia (CPRK, na sigla em inglês), o governo norte-coreano disse que nesses encontros bilaterais, poderiam também ser abordados temas humanitários e de reunião de familiares separados.

Da redação, 
com informações das agências