Professores de escolas privadas entram em greve

Por unanimidade, 300 professores do setor privado de ensino deflagraram greve nesta quarta-feira (5), por tempo indeterminado. A decisão foi referendada em assembléias no Recife, que durou quase duas horas, no Centro Social da Soledade, e nas subsedes do Sinpro em Caruaru, Petrolina e Limoeiro.

Após a decisão, a categoria saiu em passeata pela Avenida Conde da Boa Vista, centro do Recife. Nesta quinta-feira (6), serão realizados piquetes nas escolas, para impedir os demais professores a dar aula. Neste mesmo dia, às 15h, está marcada uma reunião de negociação com o patronato, no Ministério do Trabalho (MT).

De acordo com o coordenador geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra, a categoria não aceita o fato de os donos de escolas aplicarem um reajuste médio de 12% em suas anuidades, no mês de janeiro, e só propor um reajuste salarial de 7,25% para a categoria, onde será aplicado em agosto, valor referente apenas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Na pauta de reivindicação há também a unificação dos pisos em R$ 12 por hora/aula; vale alimentação para todos os professores com dois turnos na mesma escola; bonificação de 30% em ano de Bienal do Livro em Pernambuco, para compra de exemplares; assinatura de jornais e revistas nas salas dos professores; convênios e planos de saúde para os professores. Ao todo, são 2,5 mil escolas em todo o Estado e 500 mil alunos.

“O que entendemos é que as negociações continuam abertas, na medida em que temos um novo encontro. Acreditamos que há empenho de ambas as partes para se chegar a um termo", enfatizou o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado (Sinepe), professor José Ricardo Dias Diniz.

Fonte: FolhaPE