Jovens voltam às ruas de SP contra aumento das passagens

Mais de cinco mil manifestantes voltaram às ruas da capital paulista em protesto contra o aumento da tarifa de ônibus na noite desta sexta-feira (7). Eles ocuparam a pista local na marginal Pinheiros, sentido Castello Branco, após bloquearem as duas faixas da avenida Faria Lima e da Eusébio Matoso.

Protesto contra as passagens em SP - G1

A Força Tática jogou munição química contra os manifestantes, que até então faziam um protesto pacífico e sem incidentes. Uma fotógrafa foi ferida na cabeça por estilhaços de bomba.

Leia também:
Protesto de estudantes sofre repressão da PM; novo ato nesta sexta

Apesar do gás lançado pelos policiais militares, os manifestantes não se dispersaram. Eles retornaram ao Largo da Batata, ponto de partida da passeata. De acordo com um dos representantes do Movimento Passe Livre (MPL), organizador do protesto, Marcelo Hotimsky, a ação na Marginal Pinheiros faz parte da estratégia de interromper o trânsito em vias importantes como forma de chamar a atenção para a causa. “Parar a Marginal ajuda a parar a cidade. É o que vamos precisar fazer para reverter o aumento da passagem”, disse ao final da manifestação.

Esta foi a segunda manifestação coordenada pelo MPL contra o reajuste de R$ 3 para R$ 3,20 nas passagens das passagens de ônibus, trem e metrô esta semana. No protesto desta quinta (6), pelo menos 30 ficaram feridos por balas de borracha e estilhaços de bombas de gás lacrimogênio.

Em nota divulgada nesta sexta (7), o MPL disse que os atos de vandalismo foram uma resposta à “repressão brutal” da polícia e que não incentiva a violência em suas ações. “O Movimento Passe Livre não incentiva a violência em momento algum em suas manifestações, mas é impossível controlar a frustração e a revolta de milhares de pessoas com o Poder Público e com a violência da Polícia Militar”.

Os manifestantes entregaram folhetos com informações sobre o próximo protesto, marcado para as 17 horas de terça-feira (11) na praça do Ciclista, na avenida Paulista. O mote é o mesmo de hoje: "Se a tarifa não baixar, São Paulo vai parar".

Com informações das agências