Auditoria das eleições venezuelanas termina com erro zero

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgou na sexta-feira (7) o resultado da auditoria das eleições presidenciais que se realizaram em 14 de abril. De acordo com o resultado, houve 0% de erro, havendo coincidência de 99,98% dos comprovantes revisados. O presidente Nicolás Maduro venceu o pleito com uma pequena vantagem de 1,49% (225 mil votos), resultado que foi contestado por seu opositor Henrique Capriles Radonsky.

CNE - AVN

“Primeiro Capriles alegou que foi ele o vencedor, que Maduro roubou as eleições, depois que houve fraude, depois que mortos votaram, depois que houve eleitores que votaram mais de uma vez. Depois pediram recontagem voto a vota como se fosse possível recontar o voto eletrônico”, considerou o jornalista, Max Altman, que participou como acompanhante das eleições de abril.

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O processo de revisão das eleições foi iniciado no último dia 6 de maio em três ciclos de dez dias cada um, sendo que o último foi finalizado nesta sexta-feira (7). A verificação foi realizada comparando os comprovantes de voto com a ata eletrônica de escrutínio e a ata do Centro Nacional de Totalização do CNE.

Durante o processo de auditoria participaram diversos grupos da sociedade civil, embaixadores e diplomatas europeus. No entanto, a MUD que solicitou que se iniciasse o processo, abandonou o mesmo antes de seu início, alegando que "não" se cumpria com “suas exigências”.

“Capriles e seu entourage continuam afirmando desconhecer o governo Maduro, acusando-o de ilegítimo. Essa grita da ultradireita faz parte do plano de desestabilização e posterior tentativa de golpe de Estado contra o governo constitucional e legítimo de Nicolás Maduro. Mas, essa auditoria do CNE joga uma pá de cal nas pretensões golpistas desta oposição”, denunciou Altman.

Pequenos erros

O CNE deixou claro que a auditoria apresentou um resultado equivalente a “erro zero”, havendo coincidência de 99,98% dos comprovantes revisados. Houve casos de mesas em que faltava um ou dois comprovantes de votação. Nesse caso, os auditores revisaram as atas de incidências para verificar a razão da falta, em que se evidenciou que estava devidamente justificada. No documento constaram casos de eleitores que engoliram o comprovante ou que o esconderam detrás do biombo de votação ou ainda que simplesmente fingiram que depositavam o comprovante na urna, por exemplo).

Pouco mais de 140 pessoas de diversos setores da sociedade participaram das auditorias, inclusive 10 auditores externos da Universidade Central da Venezuela (UCV), 60 estudantes universitários e 60 operadores do órgão eleitoral.

Também participaram representantes de organizações políticas, embaixadores, professores, advogados, conselheiros municipais e comunais, comitês da saúde, desportistas, músicos e demais representantes de grupos organizados.

Da Redação do Vermelho,
colaborou Max Altman

*Texto alterado às 16h59 para acréscimo de informações